DA UOL/FOLHAPRESS
A defesa era um dos pontos de maiores queixas do torcedor do Santos na temporada. Com tantas mudanças por causa de transferências e lesões, o time alvinegro não conseguia lidar com a vulnerabilidade na retaguarda e viveu momentos de sufoco no Campeonato Brasileiro.
No entanto, desde que o técnico Fabio Carille assumiu o comando, essa situação se inverteu e superou mais um estágio na quarta-feira (17), na vitória sobre a Chapecoense por 2 a 0 na Vila Belmiro.
O Santos tem, agora, a terceira melhor defesa do segundo turno, atrás apenas de Atlético-MG (8) e Flamengo (10). O time alvinegro sofreu 11 gols em 14 partidas e, com esse retrospecto, iniciou uma arrancada que o credencia para escapar de um inédito rebaixamento. O setor passou por alguns ajustes desde a chegada do novo comandante e parece ter encontrado uma fórmula de sucesso.
Esse modelo de jogo não é nenhuma novidade para Carille, conhecido por ser um especialista no ajuste defensivo. O treinador ganhou notoriedade a partir de 2017, quando levou o Corinthians ao título brasileiro e ao tricampeonato do Paulista.
Em seu primeiro ano no comando do Corinthians, faturou o troféu com apenas 30 gols sofridos em 38 jogos (média de 0,789). Em 2019, ele foi demitido antes do fim da competição, mas o rendimento do setor defensivo voltou a se destacar, com 34 gols sofridos. A média dele pelo Santos no Brasileiro é de 0,78 gol sofrido por jogo.
No segundo turno, o Santos só levou gol em cinco das 14 partidas. Eles aconteceram nas derrotas para Atlético-MG (3 a 1), Juventude (3 a 0), Palmeiras (2 a 0) e América-MG (2 a 0) e no empate com o São Paulo (1 a 1). São 20 pontos somados que o colocam com a nona melhor campanha na segunda metade do Brasileiro.