REINALDO SILVA
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Profissionais da atenção primária em saúde e da vigilância epidemiológica de todo o Noroeste se reuniram esta semana em Paranavaí para uma capacitação sobre os protocolos de atendimento e tratamento de pacientes com hanseníase e tuberculose.
Saíram do encontro técnico com algumas missões, por exemplo, fazer a busca e a avaliação de quem manteve ou mantém contato com pessoas diagnosticadas e ajustar o fluxo de trabalho a fim de facilitar o acesso dos pacientes e a compilação de dados. A partir daí, será possível pensar em estratégias que fortaleçam as políticas públicas.
Os serviços prestados nas unidades básicas de saúde seguem as diretrizes do Ministério da Saúde, desde o diagnóstico até o fim do tratamento – tanto para hanseníase quanto para tuberculose.
Os medicamentos são distribuídos gratuitamente à medida que as demandas são apresentadas à Regional de Saúde pelos municípios. As chances de cura para as duas doenças são de 100%, desde que o tratamento seja feito corretamente pelos pacientes.
A técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde Maria da Penha Francisco conta que o número de diagnósticos positivos de hanseníase e tuberculose apresentou crescimento importante nos últimos meses. Ainda não é possível avaliar se houve aumento de casos, de fato, ou se se trata de demanda represada durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
Para comparar: em 2018 os municípios do Noroeste somaram 24 novos casos de hanseníase e em 2019 foram 22. A redução fica evidente ao longo dos anos seguintes: 13 confirmações em 2020, 14 em 2021 e 19 em 2022. Agora, em 2023, já são 8 diagnósticos positivos.
Em relação à tuberculose, o quaro regional progrediu assim: 54 novos casos em 2018, 63 em 2019, 64 em 2020, 50 em 2021, 43 em 2022 e 18 em 2023.
Independentemente do que tenha motivado a elevação dos números, Maria da Penha incentivou os municípios a fazer campanhas de conscientização sobre a hanseníase e a tuberculose. Sugeriu ações específicas para cada doença, mostrando para a população sinais, sintomas, riscos à saúde e tratamentos.
Sobre a hanseníase, a técnica da Vigilância Epidemiológica explicou que começa com manchas brancas ou marrons pelo corpo, formigamento nas extremidades (mãos e pés, por exemplo), perda de sensibilidade na pele e alteração na sensação térmica. No caso da tuberculose, o paciente apresenta tosse por tempo prolongado, três, quatro semanas, com ou sem secreção; também pode ter perda de peso, suor noturno e febre leve pela manhã.
Ao perceber qualquer um desses sintomas, a orientação é ir até a unidade básica de saúde mais próxima de casa e buscar atendimento médico. Quanto mais rápido for o diagnóstico, mas rápido e eficiente será o tratamento.