REINALDO SILVA
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A Secretaria de Estado da Saúde confirmou mais uma morte por dengue no Noroeste. Trata-se de um homem de 83 anos, com comorbidade, morador de Planaltina do Paraná. O óbito foi registrado no dia 4 de fevereiro e estava sob investigação.
Desde 30 de julho de 2023, quando começou o período epidemiológico corrente, a região soma sete mortes provocadas por complicações da doença; cinco delas, este ano. Outros quatro estão sendo avaliados, pacientes de Amaporã, Paranavaí, Querência do Norte e São Carlos do Ivaí.
Conforme consta do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde, 100 pessoas precisaram de internação no recorte de novembro do ano passado a fevereiro de 2024. Foram nove moradores de Alto Paraná, um de Amaporã, 35 de Loanda, cinco de Marilena, 24 de Paranavaí, 13 de Planaltina do Paraná, um de Querência do Norte, três de São Carlos do Ivaí, um de São João do Caiuá, seis de Tamboara e dois de Terra Rica.
13 municípios do Noroeste do Paraná entraram em epidemia de dengue no período epidemiológico, a saber, Amaporã, Guairaçá, Inajá, Mirador, Paraíso do Norte, Paranapoema, Paranavaí, Planaltina do Paraná, Querência do Norte, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, Tamboara e Terra Rica.
Outros quatro enfrentaram surto da doença até o momento: Alto Paraná, Diamante do Norte, Jardim Olinda e Santa Isabel do Ivaí.
Técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Elisangela Vandresen Gonçalves explica a diferença entre os dois conceitos. Epidemia é a denominação utilizada em situações em que uma doença envolve grande número de pessoas e atinge larga área geográfica. Surto é quando há aumento acima do esperado na ocorrência de casos em uma área delimitada ou entre um grupo específico em determinado período.
REDUÇÃO
As últimas semanas tiveram redução no número de casos positivos de dengue, em grande parte graças às ações de controle empregadas pelas equipes de controle de endemias dos municípios.
A técnica da Vigilância Epidemiológica cita os bloqueios em lugares com pacientes confirmados, com eliminação mecânica de criadouros do mosquito transmissor e busca ativa de moradores com sintomas; os mutirões de limpeza; e a aplicação de inseticida com o uso de equipamentos de ultra baixo volume (UBV), os chamados carros fumacês.
Os dias com condições mais amenas também contribuem para a melhora no cenário, mas Elisangela Gonçalves faz um alerta: “Estamos tendo queda na temperatura, porém, dias chuvosos. Se após vier calor, a condição não será favorável”.
Temporadas mais quentes aceleram o ciclo de reprodução do Aedes aegypti. Em contato com a água parada, os ovos depositados pelas fêmeas em qualquer recipiente ou objeto eclodem e dão origem a novos insetos.
O momento ainda exige cautela e a colaboração de toda a comunidade. Para evitar a proliferação do mosquito, é necessário fazer o descarte correto de resíduos sólidos, manter os quintais sempre limpos e não deixar água parada e plásticos, garrafas, latas, pneus, vasos de plantas e bebedouros de animais, entre outros itens.