Novo boletim epidemiológico da Vigilância chama atenção às faixas etárias consideradas de risco: crianças menores de 6 anos e pessoas com mais de 60. Imunização é essencial para evitar complicações
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), publicou, nessa quarta-feira (8), um novo boletim epidemiológico da Vigilância da Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O informe aponta que os casos de SRAG confirmados para vírus respiratórios acometeram, predominantemente, grupos com fator de risco, principalmente menores de 6 anos e idosos acima de 60 anos, com 5.876 e 3.467 registros, respectivamente.
O secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, reforça que a campanha de vacinação contra os vírus respiratórios é permanente para grupos de risco. A imunização para Covid-19, por exemplo, deve ser reforçada uma vez por ano. Idosos e imunocomprometidos devem tomar uma nova dose a cada seis meses.
“É fundamental que os grupos prioritários, crianças, gestantes e idosos, mantenham a vacinação em dia. As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e são a defesa mais eficaz contra as formas graves das síndromes respiratórias. Além da vacinação, reforçamos a importância de manter os cuidados básicos de prevenção, como a higiene das mãos, uso de máscaras em caso de sintomas gripais e isolamento quando necessário”, disse Beto Preto.
Vacinação reduz mortes – Desde o último boletim, referente à Semana Epidemiológica 36 (10/09), o número de casos apresenta queda significativa, sendo a vacinação a principal ferramenta para reduzir a gravidade e a mortalidade por SRAG.
O Paraná tem se destacado nesse quesito, com 3,5 milhões de doses aplicadas e a terceira maior cobertura vacinal do país entre os grupos prioritários, atingindo 55,53% de adesão. Esse esforço resultou em uma redução acentuada na taxa de detecção do vírus Influenza A, que passou de 12,47% para 4% em apenas duas semanas, durante o pico de casos do Estado.
De acordo com o último boletim, o Paraná registrou 24.649 casos de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.566 óbitos relacionados à doença neste ano. A Influenza foi responsável por 422 (26,9%) mortes, enquanto outros vírus respiratórios causaram 248 (15,8%) e a Covid-19, 125 (8%).
Entre os óbitos, a maior prevalência foi observada em adultos acima de 80 anos, com 233 registros. Em todos os grupos, 95,6% das mortes ocorreram em pessoas com algum fator de risco identificado, como idade superior a 60 anos (74,1%) e presença de doença cardiovascular crônica (44,3%).