REINALDO SILVA
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A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) pretende estruturar um plano de ação emergencial para conter o avanço do greening. A preocupação é que a situação fuja ao controle e comprometa de maneia irreversível os pomares da Região Noroeste.
Na próxima semana, um grupo de Curitiba estará em Paranavaí e se reunirá com produtores e empresários do setor citrícola, pesquisadores e lideranças políticas para avaliar a dimensão do problema.
A ideia é que a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), órgão ligado ao Governo do Estado, tome a frente dos trabalhos e coordene a aplicação de medidas de prevenção e combate à doença.
“Vamos fazer o diagnóstico pontual e atacar diretamente as causas”, disse ao Diário do Noroeste o gerente estadual de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Blood. É preciso identificar os focos e erradicar as plantas sintomáticas imediatamente.
Serão dezenas de fiscais atuando nas propriedades de toda a região. O grupo será composto por técnicos da Adapar e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e contará com o apoio de toda a cadeia produtiva da citricultura, incluindo as prefeituras. “Uma grande força-tarefa”, resumiu Blood.
O gerente de Defesa Vegetal da Adapar chamou a atenção para a necessidade de intensificar a fiscalização sobre a comercialização irregular de mudas de plantas cítricas. A prática contribui para a entrada de árvores contaminadas, sem que a origem seja de fato conhecida.
O controle regular da sanidade dos pomares e o envio de relatórios são outras exigências por vezes negligenciadas pelos produtores. A falta de informações atualizadas dificulta as ações de controle do greening, completou Blood.
Pedido de ajuda – Na segunda-feira (19), representantes do setor produtivo de toda a região estiveram em Curitiba e conversaram com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Participaram do encontro os presidentes da Adapar, Otamir Cesar Martins, e do IDR-PR, Natalino Avance de Souza.
A estruturação da força-tarefa liderada pela Adapar é uma resposta ao pedido de ajuda apresentado ao Governo do Estado.