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Foto: Ivan Fuquini
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PARANAVAÍ

Secretaria de Agricultura aponta possibilidade de perdas no campo em razão do frio intenso

Incidência de geada nos pontos mais baixos do município pode ter comprometido principalmente pastagens e plantações de frutas e hortaliças

REINALDO SILVA

Da Redação

Eram 5 horas da manhã de terça-feira (24) quando o agricultor Neude de Jesus Oliveira da Rosa se levantou e saiu para cuidar das plantações. No dia mais frio do ano, quando os termômetros registraram 2,7°C e sensação térmica de -1,3°C, a propriedade em Paranavaí não ficou imune aos efeitos da leve geada.

“Acordei e vim ‘bater água’ nas folhas para dissolver o gelo.” A técnica consiste em molhar as hortaliças até o nascer do sol, a fim de evitar perdas. “Foi a primeira vez no ano que precisei ‘bater água’”, contou, já se preparando para repetir a estratégia na madrugada seguinte, nesta quarta-feira (25), para quando a previsão do tempo indicava mínima de 4°C e, novamente, possibilidade de geada.

Neude de Jesus Oliveira da Rosa cultiva alface, almeirão, rúcula, couve, beterraba, mandioca e outras variedades. Já são 10 anos trabalhando na propriedade com pouco mais de 6 mil metros de área plantada. Ao longo de todo esse tempo, o agricultor tem utilizado a água corrente para prevenir os danos que as camadas de gelo sobre as folhas provocam. “E dá muito certo.”

Neude de Jesus Oliveira da Rosa explica como protege as plantações do frio
Foto: Ivan Fuquini

De acordo com o secretário municipal de Agricultura, Tarcísio Barbosa, a situação não foi diferente nos pontos mais baixos da cidade: geou. Em conversa com o Diário do Noroeste, manifestou preocupação com a ocorrência de geada por duas noites consecutivas. “Esse frio afeta a produção regional”, disse, citando as lavouras de mandioca de primeiro ciclo, as plantações de hortaliças e frutas e as pastagens.

Tarcísio Barbosa aponta a necessidade de monitoramentos nos próximos dias
Foto: Arquivo DN

O secretário destacou que alguns agricultores não dispõem de condições para proteger as produções ou o tipo de plantio não permite cobertura. Nesses casos, não há alternativas, a não ser recorrer à irrigação controlada, como faz Neude de Jesus Oliveira da Rosa.

Ainda é cedo para identificar possíveis prejuízos. De forma prática e evidente, os efeitos da geada se manifestam depois de dois ou três dias, por isso o momento é de apreensão, destacou o secretário de Agricultura. Nesse sentido, o município e órgãos do governo do estado, como o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), trabalham juntos na avaliação e no monitoramento das produções rurais de Paranavaí.

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