O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, visitou o Diário do Noroeste no último final de semana, durante uma série de compromissos com lideranças regionais. Um dos temas abordados foi o conjunto de vacinas disponível na rede pública. O índice de imunização está abaixo do desejado. Por isso, reforça a importância da conscientização.
Um dos exemplos de baixa adesão é a vacina bivalente contra a Covid-19. O secretário lembra que apenas cerca de 20% do público-alvo compareceu para tomar a dose. Ele ressalta que ela é eficaz contra a nova subvariante. Por isso, é fundamental que o maior número de pessoas possa se proteger.
Mas, além da Covid-19, gera preocupação também os números de proteção aquém do esperado para outras doenças, incluindo sarampo, coqueluche etc. Beto Preto lembra que o Dia D de vacinação, em 21 de outubro, é um símbolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. No entanto, o esforço deve ser permanente todos os dias, com concentração no chamado Dia D.
Investimentos – Na sexta-feira (25) foi assinada a ordem de serviço para construção do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Paranavaí. O investimento é de R$ 25,4 milhões de recursos estaduais. A unidade irá reforçar o atendimento descentralizado de média complexidade, fazendo até 20 mil novas consultas por mês.
O novo ambulatório faz parte da estratégia de regionalização dos serviços de saúde. Com cerca de 4 mil metros quadrados, a unidade irá dispor de 36 salas de atendimento, contando com 26 consultórios, 11 salas de exames e três boxes de coleta. O AME será administrado pelo Consórcio de Saúde do Novo Paranapanema (Cis/Amunpar).
Além disso, o secretário cita os aportes na Santa Casa, em unidades de saúde de Paraíso do Norte e Alto paraná, além da estrutura nova do Hospital Santa Catarina, de Loanda, reduzindo a distância para atendimento à população. Como diz o secretário, é preciso encurtar as distâncias para atendimentos de especialidades, evitando sofrimento e longas filas de espera.
O Estado também fez aporte de 20% sobre a tabela SUS, melhorando a remuneração para serviços de urgência e emergência. Nas cirurgias eletivas (programadas) são investidos 150% a mais sobre a tabela, proporcionando mais profissionais visando zerar a fila de tais procedimentos.
Dengue – Outros problemas de saúde público que preocupa no Paraná é a dengue, a zica e a chikungunya. Beto Preto adverte que o Estado continua registrando casos, mesmo no inverno. A sazonalidade do mosquito transmissor (Aedes aegypti) mudou por conta do fenômeno El Nino, o que exige ainda mais atenção. Sem contar que a dengue está no País há 30 anos e o mosquito vai se adaptando.
Mas, o combate é também possível. Basta cuidar dos quintais e os vizinhos cuidarem das praças e terrenos baldios, eliminando água parada. O sucesso, portanto, exige conscientização. Outra esperança é que para o ano de 2024 o Instituto Butatan deve liberar a vacina, o será um grande avanço.
O Paraná registrou de junho de 2022 a agosto de 2023, chamado período sazonal de 12 meses, 135.064 casos de dengue com 108 mortes. A doença chegou a 367 municípios (91,9% do total do Estado.