Além de laranja, cana-de-açúcar e mandioca, o município produz abacate, amendoim, café, coco verde, feijão e tangeria, só para citar alguns exemplos
REINALDO SILVA
Da Redação
Nos processadores industriais, a laranja se transforma em commodity e oportunidade de negócios internacionais. Na mesa de casa, é fonte de vitaminas que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, controlam a pressão alta e fortalecem o sistema imunológico.
Nas usinas, a cana vira açúcar ou dá origem ao etanol, produtos de alto valor para a economia nacional. No dia a dia dos brasileiros, significa doçura e possibilidade de chegar mais longe.

Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini
Nas fecularias, a raiz de mandioca é pesada em toneladas e, modificada em amido ou fécula, passa a ser comercializada em grande escala. No cardápio da família, é a base para saborosos quitutes e acompanhamentos no café da manhã, no almoço ou no jantar.
Laranja, cana-de-açúcar e mandioca têm em comum a importância para a economia de Paranavaí. Em 2024, somaram quase R$ 550 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP) no município, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Laranja, cana-de-açúcar e mandioca estão entre as principais produções rurais da Região Noroeste. Têm em comum o fato de passar pelas mãos do agricultor e da agricultora. O homem e a mulher do campo. Pessoas responsáveis por preparar o solo, semear e plantar, manejar as culturas, irrigar as plantações e colher.
Sem o produtor rural não há alimento, diz o secretário de Agricultura de Paranavaí, Tarcísio Barbosa, que avalia: “Pequeno, médio ou grande, da porteira para dentro, todo produtor brasileiro é muito eficiente, trabalha, produz. Mas tem grandes desafios. Da porteira para fora, enfrenta altos custos de produção e juros muito altos”.

Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini
Conflitos internacionais e medidas protecionistas adotadas por outros países também interferem diretamente nas finanças do agricultor. Barbosa cita a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que empurrou para cima o preço da ureia produzida naquela região. Trata-se de um fertilizante utilizado para fornecer nitrogênio às plantas, essencialmente para o crescimento e o desenvolvimento.
Questões climáticas interferem, mas em menor medida, afinal o produtor rural é eficiente e se adapta às condições adversas, buscando alternativas para superar longos períodos de seca ou excesso de chuva.
Conforme aponta o secretário municipal de Agricultura, o setor produtivo gera emprego e renda. “A agricultura está no topo da importância econômica.”
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) aponta que em 2023, entre admissões e demissões, a agropecuária foi responsável pela criação de 1.548 postos de trabalho formal. No mesmo ano, a indústria de transformação, com relevante representatividade da agroindústria, teve saldo de 6.863 novos empregos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, Paranavaí tem 2.749 cadastros rurais ativos. Além de laranja, cana-de-açúcar e mandioca, há produção de abacate, amendoim, café, coco verde, feijão, tangeria, só para citar alguns exemplos. “Nosso município tem uma diversificação de culturas muito grande”, assegura o secretário de Agricultura.
Em alusão ao Dia do Agricultor no Brasil, comemorado em 28 de julho (segunda-feira), Barbosa destaca a agricultura tem resultados econômicos e sociais que sustentam Paranavaí, a Região Noroeste, o estado, o país.