*Rafael Octaviano
A derrota da Seleção Brasileira para o Paraguai por 1 a 0, a péssima apresentação na vitória contra o Equador, a 5ª colocação nas eliminatórias com 10 pontos em 8 jogos, sendo apenas 3 vitórias, 1 empate e 4 derrotas, pode ser a ponta de um iceberg de algo muito pior, e que venho tentando chamar a atenção há algum tempo.
Futebol e política sempre andaram de mãos dadas, e para que não suscite “polêmicas vazias”, tentarei abordar o tema de forma reflexiva, sem deixar explicita minha opinião pessoal. O fracasso visível da seleção brasileira é apenas situacional ou algo premeditado? Contrariando a frase de Ubirajara Almeida, “tinha tudo para dar errado, mas deu certo”, quando falamos de seleção brasileira, “tinha tudo para dar errado, e está dando”.
Vamos começar com a lista extensa de treinadores no século XXI, são nove, em 10 ciclos diferentes até chegar a Dorival Junior, e não estamos levando em consideração, o patético anúncio da contratação de Carlo Ancelotti. Além disso, tivemos a passagem de Ramon Menezes, vindo do sub 20, e a contratação de Fernando Diniz, que acumulava o cargo com o de treinador do Fluminense.
Você torcedor ou torcedora, acredita que a seleção atual esteja a serviço do futebol ou do Estado? Para quem ainda tiver dúvida, entre no site da CBF, e leia detalhadamente o “Relatório de Gestão – Management Report – 2022”, exercício que já o fiz. Quanto custa um espaço “nobre” em um “break drop”, em uma transmissão ou em placas de publicidade nos jogos da seleção? Esses espaços “nobres” que não são utilizados para fins comerciais, mas sim para campanhas, são pagas por quem? Quanto pagam? Qual a contrapartida para esses pagamentos?
Para não dizer eu não falei das flores, quem não se lembra da demissão do técnico João Saldanha pelo General Emilio Garrastazu Médici por questões ideológicas, durante o regime militar. “Um gato atingido por bala perdida no calçadão de Copacabana não tem a mínima ideia que foi vítima de um problema de segurança pública”. Abram o olho torcedor, o fracasso da seleção brasileira é apenas a ponta de um iceberg.
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