IGOR MATEUS / Da Redação
O secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros (PP), revelou ao Diário do Noroeste que será candidato ao Senado em eventual cassação do senador Sergio Moro (União Brasil). A afirmação foi feita nesta sexta-feira (26), em Paranavaí, durante a posse do prefeito de Terra Rica, Julio Leite, como presidente da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense – Amunpar.
Barros revelou que já possui autorização do diretório do partido, nos âmbitos estadual e nacional, para disputar uma provável eleição suplementar. Salientou também que está trabalhando em busca de apoios com prefeitos, vereadores e lideranças do Estado.
“Tenho recebido apoio de muitos prefeitos do Paraná. Comecei a minha carreira na política como prefeito de Maringá e sempre fui um deputado municipalista. Isso é um diferencial para os prefeitos”, disse.
Barros lembrou que na última vez que disputou a eleição para o Senado Federal, em 2010, fez 2.190.539 (20,22% dos votos válidos). Nas palavras dele, a votação é expressiva e só foi possível graças aos apoios que recebeu, devido a sua trajetória na vida pública.
“Sou um político de resultados. Luto para que as coisas se realizem e tenho tido o reconhecimento da nossa postura política. Essa trajetória de 35 anos de vida pública tem me credenciado a receber muitos apoios, como do setor produtivo, dos prefeitos, e da sociedade”, comentou.
O presidente da Associação dos Municípios do Paraná – AMP, Edimar Santos – que também é prefeito de Santa Cecília do Pavão, no Norte Pioneiro, esteve em Paranavaí e afirmou ser a favor da candidatura.
“Ricardo Barros é uma pessoa que sempre esteve ao lado dos prefeitos e das prefeitas. A história dele na política demonstra claramente a importância de sua candidatura para o Paraná e para o Brasil”, declarou.
Na solenidade de posse do prefeito Julio Leite estiveram presentes autoridades do Estado, entre elas prefeitos, vereadores e representantes do governo executivo.
Sergio Moro será cassado? – O senador Sergio Moro (União Brasil) enfrentará, nos próximos dias, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná – TER-PR. Moro responde por gastos excessivos durante o período da pré-campanha eleitoral ligada ao pleito de 2022, o que seria abuso de poder econômico. A defesa nega.
O processo é movido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL). O TER-PR retomou as atividades no último dia 22 de janeiro e deve colocar em pauta para votação nas próximas semanas.
Em uma eventual vitória de Moro no TRE-PR, PT e PL declararam que entrarão com recurso para reverter a decisão em Brasília.
Mesmo com a incógnita no ar, se Moro será cassado ou não, os partidos políticos já estão se movimentando para a indicação de futuros candidatos.
Além de Ricardo Barros (PP), o ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins já indicou que será candidato pelo PL, atual partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Martins foi candidato em 2022 ao Senado no Paraná e ficou em 2º lugar com 1.697.962 (29,12% dos votos válidos).
Além dos dois, boatos correm na ala política de que Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente da República, poderia ser candidata. Outra hipótese é a de Rosangela Moro (União Brasil), esposa de Sergio Moro.
No PT, Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu tentam emplacar uma candidatura.