Pessoal, estou esta semana visitando alguns clientes do Paraná e as conversas e perguntas são sobre como fica o novo cenário na política do Paraná com o senador Sérgio Moro sendo absolvido por unanimidade no TSE.
Eu gostaria de destacar três pontos aqui que acho importantes, vamos a eles:
1 – Sérgio Moro é um dos políticos mais populares do estado: Sim, ele é o grande preferido para as eleições de governador. O governador Ratinho Junior não conseguiu fazer um nome como sucessor. Muitos tentaram, ouvi em vários discursos, o deputado estadual Marcio Nunes se candidatar para a vaga, ouvi o secretário de Saúde Beto Preto. Também temos o nome mais querido dos prefeitos, deputado estadual Alexandre Curi, mas a verdade é que nenhum deles tem o nome na boca de todos os paranaenses.
2 – Falta de sucessão e link de imagem: A imagem do governador Ratinho Junior não foi ligada a nenhum substituto. Vemos que na última eleição ele pediu voto para Paulo Martins a pedido do presidente Bolsonaro, colocou os prefeitos e deputados para fazerem o mesmo, mas mesmo assim a popularidade de Moro foi maior do que todo esse jogo político. Mesmo para o Senado, que é um voto mais influenciado pelas lideranças, não conseguiram êxito. Imagine para governador, que é um voto mais pessoal.
3 – Sérgio Moro e o cenário atual: Algumas atitudes de Moro não têm agradado muito nos últimos anos. Bolsonaristas não gostam mais tanto dele e petistas o odeiam. Ele tem ficado em uma saia justa, lembrando que mandou prender desde Valdemar Costa Neto na Lava Jato até o presidente Lula. Ele tem seus fãs e seus haters. Hoje, ele precisa voltar a conquistar mais o voto da direita conservadora e, gostando ou não, vincular mais sua imagem às pautas bolsonaristas para conseguir votos que foram dados a Paulo Martins.
O que você pode tirar de lição disso?
Lembre-se que o julgamento abriu uma jurisprudência para que gastos feitos em pré-campanha não sejam calculados como gastos de campanha com algumas observações. Também vemos que uma imagem dividida hoje não tem dado certo com o eleitor, então é melhor ter uma bandeira clara e não ficar em cima do muro. Algumas falas precisam ficar guardadas e focar no que importa ao eleitor. Se é oposição, faça isso sem titubear.
Concorda?
Abraço e até a próxima semana aqui no DN.
