O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí – Sinserpar atendeu nesta quinta-feira, dia 9, em sua sede, servidoras municipais aposentadas. Elas reivindicam melhorias no salário, pois, ao se aposentar, os servidores perdem todos os benefícios garantidos durante o tempo em atividade, inclusive os reajustes inflacionários. A categoria solicitou ao presidente do Sinserpar, Gabriel dos Santos Luiz, uma reunião com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ) ainda em fevereiro para conversar sobre o assunto.
No final de janeiro o sindicato enviou à Administração Municipal o Oficio nº 03/2023, solicitando um estudo para implantação do auxílio-IPESP para servidores inativos, semelhante ao auxílio-alimentação que é concedido aos servidores ativos. “Por meio de aporte do poder público ao Instituto de Previdência, garantiria melhoria na condição de vida desses servidores que tanto se dedicaram ao nosso amado município”, diz um trecho do ofício.
De acordo com a Lei Municipal n° 5.150/2022, o auxílio-alimentação é devido apenas aos servidores públicos ativos. Por isso, o benefício não é pago aos aposentados, ou seja, eles perdem todos os meses R$ 404,21, que é o valor mensal do auxílio. Além disso, segundo o Sinserpar, dentre outros direitos que o servidor perde quando aposenta, são: anuênios e avaliação por desempenho. Isso pode chegar, dependendo de cada servidor, de 2,5% a 3,5% ao ano em relação ao salário.
Outra perda é o reajuste anual do salário sobre a inflação. “Vai chegar um momento em que esses servidores aposentados estarão ganhando um salário mínimo, pois a cada ano a moeda perde valor de compra e, sem o reajuste sobre a inflação, o poder de compra vai caindo cada vez mais. Além disso, temos que pensar que o custo de vida de um idoso é maior, até porque existem gastos com remédios, consultas médicas e outras questões. Portanto é justa a reivindicação”, explicou Gabriel.
Também consta na reivindicação do Sinserpar que o auxílio-IPESP teria que ser bancado pelo Município. “O sindicato tem consciência de que o Instituto de Previdência de Paranavaí não tem condições de fazer esse aporte todos os meses”, afirmou Gabriel, que elogiou a maneira como o prefeito KIQ lidou com a dívida do Instituto. “Em 2018 o prefeito conversou comigo e explicou a situação. Em resumo, os prefeitos anteriores não deram a atenção necessária, em alguns anos, por exemplo, o dinheiro do Município não era repassado ao Instituto, isso gerou uma dívida enorme e foi preciso fazer algumas adequações para amortizar essa dívida. Ou seja, o KIQ teve uma visão diferenciada e adotou medidas que puderam amenizar esse problema”, elogiou.
A vice-presidente do Sinserpar, Marcia Regina, foi professora municipal por 32 anos e se mostrou indignada com tantas perdas. “Não acho justa essa diferença salarial absurda, ainda mais depois de tanto tempo dedicado a servir o Município. Eu sei que os aposentados não tem o direito ao auxílio-alimentação, porém temos direito a outro complemento a ser criado. Sabemos que a Prefeitura tem condições de enviar esse valor para a Previdência e vamos lutar por isso”, declarou.
A servidora aposentada Vera Lucia apontou um fato. “É importante que os servidores da ativa comprem essa luta também, pois, um dia, eles irão se aposentar e estarão no mesmo barco que a gente. Estamos com uma defasagem grande sobre o salário, esquecidos literalmente. Espero que o prefeito nos atenda”, disse. As informações são da assessoria de imprensa do Sinserpar.