Nestes dias de tumulto e violência, os que nos dizemos cristãos não devemos aderir ao murmúrio, à lamentação e à rebeldia.
O mundo já se encontra plenamente servido de pessoas que nada somam além de reclamações.
Nosso Mestre aguarda que acendamos claridade na “noite escura da alma”. Que nos tornemos promotores da esperança nos instantes da aflição e semeadores do otimismo onde a desesperação se apresente.
Jesus continua sendo Modelo e Guia, percorrendo a Jerusalém desses dias de caos moral e vazio existencial, resgatando as sementes pisoteadas pelas fúrias da incompreensão e da ignorância.
Não nos afastemos do bem porque nos faltem recursos amoedados.
Privados dos afetos, por qualquer motivo, insistamos na conquista de novos amigos.
Criticados por entes queridos, perseveremos em silêncio em nossa semeadura de amor.
Atacados na honra, deixemos que o Celeste Amigo seja nosso defensor.
Ofereçamos nosso alento e esclarecimento para os que nos desejem ouvir. Mobilizemos nossos braços em favor dos paralisados de toda ordem.
Permaneçamos otimistas e confiantes nas trilhas que livremente escolhemos com Jesus.
Tenhamos a certeza de que, neste momento, seria muito difícil escolher outra opção que não fosse a do combatente silencioso, fazendo luz onde a sombra impera, esclarecendo onde a ignorância predomina e silenciando onde a algazarra perturba.
Quando aceitamos o propósito do bem, dificilmente encontraremos no mundo lugar de repouso.
Estaremos sempre em lutas íntimas, no objetivo de nos fazermos, hoje, melhores do que ontem e, amanhã, melhores do que hoje.
Só uma meta nos deve abrasar: servir, perdoar e passar.
* * *
O serviço nos mantém a consciência em paz e o coração dedicado ao próximo.
Servir ao bem, servir à sociedade, servir à família, conservando-nos como verdadeiras mãos do Cristo na Terra.
Certamente Ele irá agir por nós. E que honra imensa sentiremos toda vez que isso for possível.
Servir é buscar o equilíbrio nas relações, buscar atender os mais fracos e levar luz para os que ainda estão em profunda escuridão.
Perdoar é refutar o ódio e a vingança. É escolher o caminho da cura e não o do agravamento da doença.
Causar feridas no outro não é a solução para cicatrizar a nossa própria. Assim, perdoar é iniciar o caminho do entendimento, do equilíbrio perdido depois da loucura.
Não nos permitamos vestir com as roupas da vítima injustiçada. Talvez hoje não enxerguemos as razões, mas muitas vezes estamos apenas colhendo o que um dia plantamos. Por isso, serenemos o coração e deixemos passar.
São tempos que nos exigem paciência diante de tantas insanidades, de tantas ideias absurdas que ganham vida e aplausos aqui e acolá.
Deixemos passar a tempestade. Deixemos passar as guerras. Deixemos passar as crises, trabalhando sempre e confiando que tudo que não é bom é transitório.
Tudo que não está de acordo com as leis divinas tem pouca duração.
Dessa maneira, sejamos aquele que serve, perdoa e deixa passar.
Redação do Momento Espírita, com base em
mensagem do Espírito Marta, psicografia de
Marcel Mariano, em 16.11.2023, em
Salvador/Bahia.
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