Os processes criativos dos artistas paranaenses Mestre Aorelio Domingues, de Paranaguá, e Luiz Carlos Prates (Tio Lu), de Paranavaí, serão tema de live organizada pelo Sesc Paraná, com transmissão nesta quinta-feira (22), às 16h, pelo YouTube. A mediação do bate-papo ficará por conta do técnico de Atividades de Cultura do Sesc de Paranavaí, Edson Godinho.
O evento faz parte do projeto Ocupação, do Sesc Brasil, que tem ocupado as redes sociais para falar sobre Arte Educação. “Esse evento surge da instauração do Marco Referencial de Arte Educação do Sesc Nacional, que nesse primeiro momento pretende abrir as portas do Sesc para educadores formais e informais, que realizam trabalhos de grande valor em suas comunidades”, explica Godinho.
Continua: “Valoriza artistas e educadores locais dando espaço para seu trabalho e legado, como na caso de Aorelio Domingues e Tio Lu, que são figuras tão importantes e necessárias para suas comunidades”. Além de realizar um trabalho de cunho social e educacional, os dois artistas promovem a manutenção da cultura e do folclore local, complementa o técnico do Sesc de Paranavaí.
De acordo com Godinho, Ocupação tem o objetivo de promover um processo de escuta e articulação do Sesc com outros movimentos de Arte Educação. O projeto é calcado em pilares de discussão de questões relacionadas ao escopo expandido do debate sobre acessibilidade, diversidade, geracionalidade e territorialidade. O tema a ser abrangido pelo Sesc Paraná é territorialidade.
Sobre os convidados – Luiz Carlos Prates, conhecido localmente por Tio Lu, tem 91 anos, é aposentado e artesão, residente na cidade de Paranavaí. Tio Lu desenvolve um trabalho de arte educação através do artesanato com madeira. Mantém uma oficina de marcenaria destinada a ensinar crianças e jovens da Vila Alta a desenhar, pintar e montar peças criadas em madeira. Utiliza-se do artesanato para ajudar crianças e jovens de baixa renda a terem melhores condições de vida e outra visão de mundo.
Mestre Aorelio Domingues é músico e construtor, premiado pelo Minc por suas atividades no Fandango, Boi-de-Mamão, terço cantado e na Folia do Divino Espírito Santo. Foi registrado como mestre da cultura popular nos documentários de Lia Marchi: “Divino, festa, tradição e fé no litoral do Paraná”, “Boi-de-Mamão do Paraná”, “Tocadores Brasil Central Litoral Sul”, “Fandango – dança tradicional do Paraná” e “Música sem Fronteiras”.