O Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) está orientando seus associados sobre a necessidade de cumprimento da Lei 12.305, que trata da logística reversa de resíduos. No caso das indústrias de mandioca, o item “embalagens” é o que deve ser recolhido.
“Nós estamos apresentando aos associados empresas e entidades gestoras de logística reversa que têm condições de atender suas necessidades. E, em princípio, caberá ao associado escolher a empresa que vai contratar para fazer o recolhimento e a documentação comprobatória de atendimento à legislação ou presta este serviço em atenção à sua finalidade estatutária”, diz o presidente do SIMP, Guido Bankhardt.
De acordo com a legislação, as indústrias de mandioca devem recolher 22% da embalagem que colocam no meio ambiente, no caso plástico e papelão. Na prática significa que as indústrias devem compensar o volume equivalente a 22% da massa de suas embalagens descartadas pós-consumo.
O SIMP tinha um acordo em que uma empresa atendia os associados fazendo os Relatórios Comprobatórios do Plano de Logística Reversa, contendo os resultados das ações realizadas em função das metas estabelecidas. Como esta empresa não tinha abrangência nacional – o que é exigido em lei -, o Sindicato rompeu o contrato e agora está auxiliando os associados a escolher uma nova prestadora de serviço.
Pesquisa realizada pelo SIMP identificou quatro empresas em condições de atender a demanda. E elas ganharam um espaço dentro das reuniões semanais para se apresentar. As reuniões estão sendo realizadas por videoconferência. Três já se apresentaram.
“A logística reversa segue a lógica de que quem gera o lixo é o responsável por ele”, diz o consultor da área ambiental, João Marques. “O lixo deve voltar a origem”, acrescenta. Como papel e papelão tem um mercado bom de reciclado, as indústrias que geram somente este tipo de resíduo tem que recolher apenas 22%. Isto porque catadores de latinhas de cerveja e refrigerantes, tão comuns no Brasil, também recolhem algo próximo dos 78% de papelão e plástico.
“Temos que limpar o meio ambiente. A população precisa entender que um ponta de cigarro jogada no chão em Paranavaí, a chuva leva para as galerias de águas pluviais, que cai no rio, que desagua no mar e o resíduo pode parar em outro país. Por isso é importante a conscientização de todos e cada um fazer a sua parte”, reforça o consultor, que lembra que países como a França já estão abolindo o plástico como embalagem. “Este produto (o plástico) é complicado”, acrescenta Marques
O SIMP busca uma empresa que possa atender as necessidades dos associados e cada um terá liberdade para escolher a que mais lhe agradar. “Neste momento não há previsão de fechar um pacote único com todos os associados. Mas estamos abertos a esta possibilidade. O importante é escolher uma empresa que faça o recolhimento e encaminhe a documentação comprobatória à Secretaria de Meio Ambiente para evitar dor de cabeça para as indústrias”, sublinha Bankhardt.