Quando uma criança começa a frequentar creches ou escolas, uma das principais preocupações que surgem aos pais é com possíveis doenças que podem ser adquiridas – e com a frequência delas. Apesar de bastante desconfortável, o adoecimento recorrente é comum nos pequenos, especialmente entre aqueles que acabaram de iniciar a idade escolar.
De acordo com a médica pediatra Agnes Andrade, essas características podem indicar uma causa bastante comum: a síndrome da creche. “O termo descreve as infecções de repetição que crianças menores de 3 anos costumam apresentar após ingressarem em escolas ou ambientes em que tenham contato com outras crianças”, detalha.
Segundo a especialista, a explicação é simples. Basicamente, esse adoecimento ocorre porque o sistema imunológico da criança está em desenvolvimento, e ainda não consegue protegê-la de todos os agentes encontrados no meio. “Quando elas são expostas a outros vírus e bactérias, acabam adoecendo com maior facilidade”, afirma a médica.
Por esses fatores, considera-se esperado e normal que tais infecções aconteçam de oito a 12 vezes por ano. Entre os quadros mais frequentes estão amigdalites, resfriados, gastroenterites, e outras doenças que normalmente desencadeiam diarreias, febre, dor abdominal e vômito.
“Isso costuma gerar uma grande aflição nos pais, pois querem saber se essa criança tem algum problema de imunidade. Mas não, isso se dá justamente pela exposição a esses agentes”, tranquiliza Agnes.
Foto: Ivan Fuquini
Prevenção
Mesmo sendo considerada uma condição comum, a médica pontua que existem cuidados básicos para incorporar à rotina que ajudam a prevenir infecções ao longo do ano:
- Garantir o aleitamento materno, quando possível, já que contribui não apenas para a nutrição da criança, mas também reforça o sistema imunológico;
- Manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes e com pouco consumo de açúcares e ultraprocessados, e sono de qualidade;
- Incentivar a higienização frequente das mãos, dos brinquedos das crianças e realizar lavagem nasal;
- Evitar beijar o rosto e mãos das crianças;
- Evitar a presença da criança na escola caso ela apresente algum quadro de doença, para evitar contaminar os coleguinhas;
- Manter o calendário vacinal em dia.
A especialista também recomenda visitas regulares ao médico pediatra para que seja feito o controle de doenças crônicas, se for o caso, e diagnosticadas eventuais deficiências nutricionais, por exemplo. “O médico pediatra vai conseguir evitar o uso de medicações desnecessárias, em boa parte das vezes, e também identificar sinais de alarme que necessitem de outras investigações”, aconselha.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
Endereço: Rua Manoel Ribas, 1978, Parque São Lourenço, ICT Clínica, em Paranavaí
Telefone/WhatsApp: (41) 9 9732-2294
Instagram: @agnes.pediatra
