Diretores da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná se reuniram com representantes do IDR-Emater-Iapar, do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB) e da Kaiima, empresa israelense de genética e melhoramento de mamona, para falar do projeto de implantação da cultura na região. Ao final da conversa, o presidente da entidade ruralista, Mário Hélio Lourenço de Almeida Filho, anunciou que vai apoiar o projeto e até disponibilizou uma área para o plantio da mamona. A ideia que é durante a próxima ExpoParanavaí seja realizado um seminário para apresentação da cultura e a colheita de mamona.
O encontro, na tarde desta quinta-feira (04), foi articulado pelo coordenador da Mesorregião Noroeste do IDR, Cristovon Videra Ripol e realizado na sede da Rural. Em recente viagem a Curitiba, Mário Hélio conversou sobre o assunto com o secretário Agricultura, Norberto Ortigara (Agricultura), que confirmou ver a mamona como uma nova alternativa agrícola para a região.
“A Sociedade Rural sempre incentivou e estimulou a diversificação agrícola na região. Esteve presente na implantação da citricultura comercial, incentivou a suinocultura e trabalhou pelo programa estadual de irrigação para viabilizar a cultura de grãos na região. E agora vamos apoiar este projeto”, disse Mário Hélio.
O gerente geral da Kaiima, Alexandre Dezanet, que participou da reunião por videoconferência, fez uma apresentação da empresa (que desenvolveu híbridos da planta, que aumentam a produtividade em sistemas agrícolas modernos, de grande escala e colheita mecanizada), da cultura e das intenções de promover a mamona na região.
Ele citou que empresas de fora do país estão interessados na aquisição de óleo de mamona e que o Brasil já chegou a ter uma área de 600 mil hectares com mamona – hoje está em torno de 80 mil. O interesse na região é começar com mil hectares.
Dezanet explicou que a mamona não vem para concorrer com outras culturas, mas ser plantada em rotação, inclusive na recuperação de pastagens. A mamona combate a nematoide, seu sistema radicular ajuda na descompactação do solo e é uma boa alternativa para os períodos de escassez hídricas. As experiências, disse o representante da Kaiima, mostra que as culturas subsequentes à mamona apresentam maior produtividade.
Por sua vez, Ripol lembrou que o único entrave que a cultura enfrenta atualmente é a falta de agroquímicos registrados para a mamona. “Mas o assunto está sendo encaminhado. Tem gente trabalhando nisso”, disse o coordenador do IDR.
Mário Hélio ficou entusiasmado com a proposta. Até porque, pelas suas características, pode ser alternativa para pequenos, médios e grandes produtores. “Vamos apoiar. Acho que tem tudo para dar certo”, garantiu ele.