REINALDO SILVA
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O anúncio feito pela Itaipu Binacional é motivo de comemoração: a empresa disponibilizará mais de R$ 3 milhões a fim de realizar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) para a construção da ponte ligando Paraná e Mato Grosso do Sul, pela BR-376. A avalição é do presidente da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), Demerval Silvestre, entusiasta do projeto.
O Evtea deverá ser concluído dentro de seis meses a um ano, estima o presidente da Socipar. Então, serão conhecidos os benefícios diretos e indiretos dos investimentos. Comprovada a viabilidade da obra, o valor poderá chegar a R$ 850 milhões, com previsão de até quatro anos para a execução.
Silvestre conta que se trata de um projeto antigo, remonta a 2013. Desde aquela época, entidades têm buscado junto às esferas governamentais a autorização e a liberação de verbas para a construção da ponte sobre o Rio Paraná.
As lideranças defendem que a obra será positiva para o agronegócio, facilitando o escoamento da produção de todo o Centro-Oeste do Brasil para o Porto de Paranaguá. A redução no percurso seria de 150 quilômetros.
Atualmente, quem sai de Paranavaí precisa seguir pela BR-376, em trecho de pista simples. O caminho continua pela PR-182, passando por dentro de alguns municípios com estradas inadequadas. A viagem inclui a entrada no Estado de São Paulo, avançando pela rodovia que margeia a Hidrelétrica de Primavera. Somente depois é possível chegar a Mato Grosso do Sul.
De acordo com o presidente da Socipar, a concretização da obra será o resultado de uma soma de esforços de agentes políticos, produtores rurais e empresários do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
“Será um marco para o desenvolvimento de toda a região.” Além das facilidades para o transporte das produções agrícolas, a construção da ponte terá reflexos positivos sobre o turismo do Extremo-Noroeste do Paraná, garante Silvestre, citando as praias de água doce.
Duplicação da BR-376 – A Socipar também é defensora da duplicação da BR-376 até a divisa com Mato Grosso do Sul. Antes, a entidade fez parte da mobilização que garantiu o mesmo tipo de ampliação no trecho de Nova Esperança até Paranavaí. Desta vez não será diferente, promete o presidente da entidade.
Ele conta que um dos empecilhos para os investimentos seria o fluxo de veículos que trafegam pelo trecho de Paranavaí a Nova Londrina. Nas esferas governamentais, os cálculos indicam menor quantidade do que a estimativa da Socipar. Sendo assim, a entidade está finalizando o trâmite para uma nova contagem. O contrato com a empresa de São Paulo deverá ser assinado ainda esta semana, informa o presidente. De acordo com ele, 10 empresas serão responsáveis por custear o processo.