REINALDO SILVA
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A Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) custeará nova contagem de veículos na BR-376, em trechos de Paranavaí a Nova Londrina. Os números servirão como base para o pedido de duplicação da rodovia até a divisa com Mato Grosso do Sul.
O contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Perplan – Engenharia e Planejamento, de São Paulo, será assinado nos próximos dias e o prazo para conclusão é de um mês.
A Socipar informará oficialmente órgãos federais e estaduais ligados à infraestrutura e ao transporte, para que acompanhem o processo e validem os dados. O presidente Demerval Silvestre citou como exemplos a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná.
Ao levantamento do tráfego na BR-376 serão anexadas informações da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) sobre a produção e o escoamento de grãos até o Porto de Paranaguá. A intenção é mostrar a importância econômica da rodovia e confirmar a importância da duplicação.
Aspectos educacionais também deverão ser levados em conta. De acordo com Silvestre, a Unifatecie apontará o fluxo de estudantes universitários de toda a Região Noroeste que viajam a Paranavaí pelo trecho da BR-376 em questão.
A preocupação da Socipar tem um motivo: o novo modelo de concessão das rodovias federais paranaenses não contempla a duplicação de Paranavaí até a divisa com Mato Grosso do Sul, apenas trechos de terceira faixa.
Mesmo sem a duplicação, a previsão é que uma praça de cobrança de pedágio seja instalada em Guairaçá, uma proposta descabida, na avaliação das entidades que compõem a Socipar.
Na tentativa de mudar o modelo inicial de concessão rodoviária, lideranças de todo o Noroeste do Paraná deverão se reunir nos próximos dias com deputados estaduais em busca de apoio político.
Recentemente o presidente da Socipar conversou sobre o tema com o secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros. Participaram das discussões Afonso Shiozaki, vice-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), e José Carlos Barbieri, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).