IGOR SIQUEIRA
DA FOLHAPRESS
A CBF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e conseguiu uma decisão favorável para derrubar a medida do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que anulava a eleição de Rogério Caboclo, em 2018. A medida antes em vigor também apontava Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, como interventores cuja finalidade seria organizar novas eleições na CBF.
A vitória de momento da CBF se deu após decisão do presidente do STJ, Humberto Martins. A entidade teve derrota na esfera estadual na terça-feira, impetrou recurso no dia seguinte e obteve o desfecho que queria.
Pelo que tinha ficado definido na Justiça do Rio, em decorrência da anulação da eleição de 2018, o novo presidente deveria ser eleito em até 60 dias, sendo 30 dias para reunir clubes e federações em assembleia para revisar o estatuto e mais 30 dias para convocar o pleito.
Ação inicial é de 2017 e foi aberta pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) porque a reforma estatutária foi feita em uma assembleia da qual só participaram as 27 federações estaduais. A Justiça determinou agora que os 20 clubes deveriam deliberar também. Em 2017, os votos das federações passaram a ter peso três nas eleições da CBF. Clubes da Série A, peso dois. Os da Série B passaram a integrar o colégio eleitoral, com peso unitário.
Em agosto, Reinaldo e Landim chegaram a ir à CBF para iniciar a intervenção, mas a entidade conseguiu derrubar a liminar em vigor na ocasião e manteve a estrutura de poder, já que com Rogério Caboclo afastado da presidência, em decorrência de denúncia de assédio moral e sexual feita por uma funcionária.