Até 2021, a tarifa base por quilômetro rodado tinha valores médios de R$ 0,1919 em pistas simples e de R$ 0,2675 em rodovias duplicadas, que caíram respectivamente para R$ 0,1281 e R$ 0,1793 com as novas concessões
Com o último leilão das concessões rodoviárias do Paraná, realizado nesta quinta-feira (30) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a tarifa média das concessões no Estado vai ficar 33% mais barata em comparação aos contratos anteriores, encerrados em 2021. O desconto aumenta para 52,13% caso os valores fossem atualizados com a inflação. Até 2021, a tarifa base por quilômetro rodado tinha valores médios de R$ 0,1919 em pistas simples e de R$ 0,2675 em rodovias duplicadas, que caíram respectivamente para R$ 0,1281 e R$ 0,1793 com as novas concessões.
O projeto de cada lote levado a leilão na B3 já previa valores menores aos praticados anteriormente, e venceu o certame a empresa que ofereceu o maior desconto na tarifa por quilômetro rodado. Uma das inovações do programa paranaense foi manter o desconto como critério, sem cobrar a outorga das concessionárias, onerando menos os usuários das rodovias.
Região de Paranavaí – Na semana passada, o Grupo EPR arrematou o Lote 4, que inclui a região de Paranavaí, com desconto de 21,3%, baixando as tarifas para R$ 0,13212 (pista simples) e R$ 0,18497 (pista dupla). O leilão do Lote 5 aconteceu nesta quinta-feira (30), com mais um trecho arrematado pelo Grupo Pátria com o desconto de 23,83%. Com isso, as tarifas passarão para R$ 0,13643 (pista simples) e R$ 0,19100 (pista dupla).
Por fim, o Lote 6 foi vencido pelo Grupo EPR, que desta vez ofereceu desconto de 0,08%, baixando as tarifas-base para R$ 0,17564 (pista simples) e R$ 0,24590 (pista dupla). Junto com o Lote 3, esse contrato está em vigor desde abril deste ano.
Concessões – Com a conclusão deste leilão, o Paraná consolida o maior programa rodoviário da América Latina, com 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais e investimentos previstos que ultrapassam R$ 60 bilhões. As concessões são válidas por um prazo de 30 anos a partir da assinatura dos contratos.
O programa foi estruturado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com apoio do Governo do Estado, com base em estudos técnicos elaborados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e pelo International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, aprovados pelo Ministério dos Transportes e pelo Tribunal de Contas da União.
O modelo paranaense é hoje referência nacional por equilibrar segurança jurídica, atratividade para investidores e tarifas mais baixas ao usuário, consolidando um novo ciclo de desenvolvimento para a infraestrutura e a economia do Estado.
































