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FUTEBOL

Técnico do PSG usa tática barcelonista, ganha Messi e abafa Neymar x Mbappé

THIAGO ARANTES

DA UOL-FOLHAPRESS

Durante os anos de glória do Barcelona, uma frase era repetida como um mantra nos corredores do clube catalão: “Se Messi está bem, o resto importa menos”. O técnico Christophe Galtier, que assumiu o comando do PSG nesta temporada, não demorou a perceber que poderia fazer o mesmo na equipe francesa. “Ganhar” o argentino foi a estratégia traçada desde o primeiro dia de trabalho e já começa a dar frutos.

Na pré-temporada no Japão, o novo treinador teve uma conversa particular com Messi. Além de se apresentar -os dois nunca tinham se falado-, Galtier disse ao 7 vezes Bola de Ouro que tinha a ideia de montar um novo esquema tático para deixá-lo o mais confortável possível. Como Messi não fala francês, a comunicação entre ambos é intermediada por membros da comissão técnica que falam espanhol, como os preparadores físicos Pedro Gomez e Alberto Piernas.

Segundo apurou o UOL, Messi está feliz com o novo treinador. Ele gostou de ter sido procurado para conversar e ficou ainda mais contente com o novo sistema tático, adotado desde o início da temporada.

Como o “número 1” no novo 3-4-1-2, o argentino tem uma série de vantagens que remetem a seus melhores anos: a liberdade de se mover no meio-campo; nenhuma obrigação de defender; a possibilidade de tabelar com alas ofensivos (como fazia no Barcelona com Dani Alves e Jordi Alba, neste caso com Nuno Mendes e Hakimi); e a chance de se juntar a Neymar e Mbappé para finalizar as jogadas.

Se na teoria, o novo sistema já tinha sido aprovado, na prática a reação foi ainda melhor. Tudo o que Galtier prometeu a Messi na reunião em solo japonês foi cumprido. O treinador ganhou no argentino um aliado para lidar com o complicado vestiário do PSG.

A parceria foi colocada à prova logo na segunda rodada da Ligue 1. A postura de Messi depois do atrito entre Neymar e Mbappé, na vitória de 5 a 2 sobre o Montpellier, foi um silencioso sinal de apoio à comissão técnica.

O argentino não tomou partido ou se manifestou publicamente sobre o ocorrido. Com a disputa entre as duas estrelas pela cobrança de um pênalti, seria compreensível que Messi -o cobrador de penalidades no Barcelona por mais de uma década -se apresentasse como opção. Mas isso não aconteceu. O não envolvimento do argentino fez com que o assunto não ganhasse corpo internamente.

Pessoas próximas ao camisa 30 garantem que, quando há esse tipo de polêmicas, ele “pasa de todo” -em bom português, não dá a mínima bola. O foco do argentino, segundo o seu entorno, está totalmente voltado para chegar bem à Copa do Mundo, a última de sua carreira. Quanto menos problemas ele enfrentar no clube, melhor.

Neste ponto, Galtier foi um achado para o PSG. Ao contrário de outros treinadores, como Unai Emery ou Thomas Tuchel, que tentavam manter uma hierarquia e acabavam distantes, o francês tem uma abertura maior para o diálogo com os jogadores e diz estar pronto para conversar com os atletas sempre que quiserem – ou sempre que for preciso. O diálogo com Neymar e Mbappé, na semana passada, também fez a comissão técnica somar pontos, já que o atrito foi resolvido internamente.

Nem mesmo quando tinha um treinador argentino, Mauricio Pochettino, Messi ficou tão à vontade em Paris. Na temporada passada, sua primeira na França, ele jamais esteve totalmente cômodo. Agora, em três partidas, soma três gols -um deles, a pintura abaixo -e duas assistências na Ligue 1.

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