O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), único laboratório público a produzir a vacina antirrábica animal no Brasil, tem contrato com o Ministério da Saúde para fornecer, em 2022, o total de 21 milhões de doses do produto, que serão usadas nas campanhas de vacinação de cães e gatos em todo o País.
O processo produtivo de vacina antirrábica, que utiliza o método de perfusão para a cultura de células e produção de vírus rábico, foi totalmente desenvolvido pelo Tecpar. Desde o início da fabricação, há mais de quatro décadas, o Tecpar utilizou diferentes métodos de produção e, devido ao aprimoramento contínuo da tecnologia empregada, desenvolveu um método inédito que foi patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O diferencial competitivo da vacina Rhabdocell é a possibilidade de produzir com alta densidade celular e alto rendimento, além de oferecer maior segurança e eficácia na proteção de cães e gatos, ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.
“Esse processo é patenteado pelo INPI e atende todas as exigências regulatórias e de mercado, com foco na saúde pública. Com essa tecnologia, o Tecpar se equipara aos principais fabricantes do imunizante no mercado global em padrões de qualidade e segurança, demonstrando a importância de um laboratório público para apoiar o país no combate à doença”, explica o diretor-presidente.
Raiva animal – A raiva é uma doença que afeta apenas os mamíferos. O vírus infecta o sistema nervoso central, causando doenças no cérebro e morte. Quase todos os animais que contraem a raiva não foram vacinados ou não estavam com a vacinação em dia, o que evidencia a relevância das campanhas do Ministério da Saúde e do imunobiológico fornecido pelo Tecpar.
Campanhas – O Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), criado em 1973, implantou entre outras ações, a vacinação antirrábica canina e felina em todo País e as campanhas nacionais de vacinação para estes animais, que acontecem uma vez por ano.
Com a vacina fornecida ao PNPR, produzida pelo Tecpar há mais de 40 anos, o Brasil conseguiu controlar os casos de raiva. Nos últimos 30 anos, o País registrou uma significativa redução na ocorrência de raiva em animais e, por consequência, nas taxas de mortalidade por raiva humana.