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Foto: Ivan Fuquini
Foto: Ivan Fuquini

EFEITO DA ESTIAGEM

Tempo seco favorece incêndios ambientais; só ontem, Corpo de Bombeiros registrou dois casos em Paranavaí

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Mesmo com os termômetros chegando à casa dos 30 graus, os moradores da Vila Operária precisaram fechar portas e janelas. Recorreram a ventiladores e condicionadores de ar para enfrentar o calor, mas não puderam evitar a fumaça que se espalhou pelas redondezas do lixão a céu aberto, resultado de um incêndio.

Só ontem, o Corpo de Bombeiros registrou dois casos em Paranavaí, um no chamado “Buracão da Vila Operária” e outro em uma propriedade rural na região do Jardim São Jorge. As chamas se espalharam rapidamente, em razão do tempo seco e do vento, condições comuns para a época. “Durante este período, atendemos mais incêndios em matas e vegetação”, disse o tenente Victor Kamei, do 9º Subgrupamento de Bombeiros Independente. Ele se referiu aos meses de maio a setembro, marcados por maior escassez de chuva.

As causas das queimadas não foram identificadas. “Não sabemos se foi natural ou por influência humana.” No caso da Vila Operária, o Corpo de Bombeiros deslocou dois caminhões e precisou solicitar apoio da Prefeitura de Paranavaí para o uso de uma escavadeira, a fim de isolar a queimada.

Para os moradores, um suplício. “É uma situação desagradável e injusta com a população da Vila Operária. Pagamos impostos, somos cidadãos, mas enfrentamos o descaso, não tomam atitude para resolver esse problema”, desabafou Lídia Rodrigues dos Santos. Já são mais de 40 anos convivendo com o lixão a céu aberto e incêndios frequentes. Os filhos têm bronquite e asma e sofrem todas as vezes que há fogo no local. Ela desenvolveu alergias e problemas de pele por causa da fumaça tóxica.

A família de Lídia não foi a única afetada com a queimada de ontem. Em frente ao lixão está o Centro Municipal de Educação Infantil Ayrton Senna da Silva (Caic), que atende crianças de 0 a 5 anos. Ali também foi necessário fechar portas e janelas na tentativa de proteger alunos e funcionários.

A diretora Dilma de Oliveira disse que ficou surpresa. Antes, o fogo era comum, mas já fazia tempo que não acontecia. Analisando a gravidade do problema de ontem e atendendo aos pedidos de alguns pais, decidiu liberar as crianças mais cedo.

Saindo da Vila Operária, agora na região do Jardim São Jorge, o fogo se espalhou pela pastagem de uma propriedade rural. Enquanto os bombeiros combatiam as chamas, o morador transportava água em um balde, corria para evitar que as chamas se alastrassem e chegassem até onde estavam os animais.

Não muito longe, no Jardim Campo Belo, mais fumaça. Dessa vez em um terreno baldio próximo ao campo de futebol, mas a situação parecia já ter sido controlada.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná, para que haja propagação do fogo é necessário ter um elemento ativador (geralmente o próprio oxigênio), combustível (material que queima) e calor. Para combater, é preciso remover um deles.

São medidas preventivas a criação de faixas livres de vegetação, a limpeza frequente do mato, o cuidado com o uso de produtos inflamáveis, a retirada de ramos e o fácil acesso à captação de água.

 

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