Veículo carregado com 39 toneladas de adubo afundou na última sexta-feira (9); motorista sobreviveu e operação de resgate envolve guindaste e empresa especializada
Cibele Chacon – da redação
A operação de retirada da carreta que afundou no Rio Paraná, no Porto São José, mobilizou uma força-tarefa técnica e começou nesta segunda-feira (12). O veículo, carregado com 39 toneladas de adubo, caiu no rio na última sexta-feira (9) após o motorista perder os freios e não conseguir evitar a descida até a água.
Desde então, os esforços se concentraram na viabilização de uma remoção segura e tecnicamente viável. A primeira tentativa, feita no sábado (10), não teve sucesso devido ao peso da carreta. “Fizemos várias tentativas no sábado, mas o caminhão é muito pesado”, relatou Usiel Baldoino, coordenador da Defesa Civil de São Pedro do Paraná.
A ação foi suspensa no domingo e retomada na segunda-feira com reforço especializado. Uma empresa privada, contratada pela seguradora do veículo e da carga, assumiu a operação. A estratégia adotada foi iniciar pela retirada da carga de fertilizante, aliviando o peso do veículo para permitir, na sequência, o uso de um guindaste de grande porte.
Segundo Baldoino, a equipe responsável é experiente em acidentes com impacto ambiental e atua em todo o Brasil. “Essa empresa é especializada nesse tipo de situação. Primeiro vão tirar toda a carga. Depois, começa outra etapa para remover a carreta. A expectativa é de concluir tudo até terça-feira, se as condições forem favoráveis”, afirmou.
A carreta teria saído do Porto de Paranaguá com destino ao Mato Grosso do Sul, mas o motorista errou o caminho ao seguir direto na BR-376 e acabou chegando ao Porto São José por engano. Foi ali que os freios falharam, e o veículo desceu em direção ao rio, afundando completamente em uma área com cerca de cinco metros de profundidade.
Apesar da gravidade do acidente, o motorista conseguiu sair ileso. Ele retirou o cinto de segurança, saiu pela janela da cabine e nadou até a superfície. Nenhum outro veículo foi atingido.
Embora acidentes semelhantes já tenham ocorrido na região, como o tombamento de uma carreta de milho às margens do rio, esta foi uma das situações mais complexas em termos de remoção. “A gente está reivindicando junto ao governo estadual e municipal uma intervenção para criar um desvio seguro”, destacou Baldoino.
A operação de retirada continua nesta terça-feira (13). A avaliação de possíveis danos ambientais provocados pelo contato do fertilizante com a água está sendo conduzida por órgãos competentes, mas ainda não há laudo oficial sobre o impacto no ecossistema.