MARCOS GUEDES
DA FOLHAPRESS
Os torcedores do Palmeiras cumpriram a promessa de enviar com festa os jogadores para a disputa do Mundial. Celebrada na saída do centro de treinamento em direção ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a delegação alviverde embarcou para os Emirados Árabes Unidos na tentativa de buscar o título mais sonhado pelo clube paulistano.
Centenas de pessoas se aglomeraram na porta da Academia de Futebol, na Barra Funda. O ônibus com os atletas partiu às 11h07 desta quarta-feira (2), aos gritos de “vamos ganhar, Porco”. O público estava inicialmente contido por grades, que não resistiram ao momento em que o veículo tomou a avenida Marquês de São Vicente.
O automóvel, então, foi cercado, e levou oito minutos até que conseguisse ganhar alguma velocidade e rumasse até Cumbica. Em Guarulhos, o grupo de atletas não passou pelo saguão, onde havia outros fãs –bem menos numerosos do que no CT-, empolgados com a possibilidade de o time levantar o troféu em Abu Dhabi.
“Desta vez, não tem jeito. Não tem Monterrey, não tem Chelsea, não tem para ninguém”, disse o publicitário Marcus Castro, 37, traçando o caminho que imagina até a taça. De férias, ele resolveu acompanhar os jogadores na saída para o aeroporto e demonstrou um otimismo compartilhado por boa parte da torcida.
As festas no embarque para campeonatos importantes são sempre recheadas de frases de confiança e gritos de incentivo. Mas a sensação registrada por vários palmeirenses é que conquistar o Mundial está mais ao alcance do que em outras oportunidades. Na comparação com o ano passado, parece palpável que a chance é maior.
A estreia da formação alviverde está marcada para a próxima terça-feira (8), contra o vencedor do duelo entre o mexicano Monterrey e o Al Ahly, velho conhecido egípcio. Na outra semifinal, o inglês Chelsea aguarda o Al Hilal, da Arábia Saudita, o Pirae, do Taiti, ou o Al Jazira, dos Emirados Árabes.
Será a segunda tentativa do Palmeiras no formato atual do Mundial, organizado pela Fifa. Antes, em 1999, a equipe venceu a Copa Libertadores e disputou o título intercontinental contra o Manchester United, em Tóquio. A expectativa, como ocorre agora, era grande em torno dos então comandados de Luiz Felipe Scolari.