A partir dos seis meses de vida, a maioria dos bebês deixa de se alimentar exclusivamente pelo leite materno e passa a consumir alimentos sólidos. Nessa faixa etária, as crianças estão crescendo rapidamente e precisam de mais nutrientes além daqueles já consumidos por meio da amamentação – que segue sendo fortemente recomendada.
A introdução de frutas, legumes, cereais e carnes à alimentação da criança pode ser feita de diferentes maneiras. Entre os diversos métodos existentes se destacam três: o tradicional, o BLW (sigla para Baby Led Weaning) e o participativo.
A médica pediatra Agnes Andrade, de Paranavaí, explica que o primeiro é a maneira mais conhecida e utilizada pelos papais. De maneira geral, trata-se das papinhas feitas a partir dos alimentos crus ou cozidos.
Caso seja essa a opção da família, a orientação da pediatra é apenas amassar o alimento que será ofertado, sem passar pelo liquidificador ou peneira, e aumentar a consistência aos poucos. “Recomendo não misturar os alimentos, permitindo que os bebês conheçam os sabores individualmente”, indica.
O BLW pode ser considerado o método que dá mais liberdade e autonomia à criança. Segundo a especialista, é o bebê quem guia a alimentação, podendo explorar os alimentos e escolher a quantidade que deseja ingerir. “Embora muitos pais fiquem apreensivos com a falta de controle sobre a quantidade de comida ingerida, o BLW promove o desenvolvimento neuropsicomotor, autonomia e maior aceitação dos alimentos”, explica a pediatra.
Por fim, a introdução alimentar feita de forma participativa (ou mista, como também é chamada) une os dois métodos anteriores. Ao mesmo tempo que o adulto responsável oferece o alimento com a colher, o bebê tem autonomia para pegar o alimento, explorar e levar à boca. “É um método muito interessante”, considera Agnes.

Foto: Frederico Junglaus
Qual a melhor escolha?
De acordo com a pediatra, a escolha do método para introdução alimentar vai depender de vários fatores. Por isso, a orientação é que as famílias façam testes para checar qual forma escolher.
“O mais importante é não criar expectativas sobre a forma de fazer, para evitar frustrações. O melhor método é o que a criança e os pais se adaptam e se sentem confortáveis para fazer”, afirma.
A médica também aconselha que, ao completar seis meses, o bebê seja levado a uma consulta pediátrica, pois é neste momento que o profissional vai explicar detalhadamente as particularidades da introdução alimentar e dar orientações para evitar acidentes.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
Endereço: Rua Manoel Ribas, 1978, Parque São Lourenço, ICT Clínica, em Paranavaí
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