Matéria atualizada às 10h10
Na manhã desta sexta-feira (12), uma ação coordenada da Polícia Civil resultou na prisão de quatro membros de uma mesma família, sendo três homens de 27, 34 e 39 anos e uma mulher de 48 anos, acusados de envolvimento na morte de Geraldo Marcelino por vingança. Três foram presos em Nova Esperança, e um em Maringá. A operação, batizada de “Olho por Olho”, ainda busca um suspeito que permanece foragido.
O caso teve início há pouco mais de um mês, quando Geraldo Marcelino foi brutalmente assassinado em uma via pública. Ele havia saído da prisão recentemente, possuindo antecedentes criminais por roubo, homicídio e estupro. Pouco após sua libertação, Marcelino matou um familiar dos agora detidos.
No dia seguinte ao homicídio cometido por Marcelino, a Polícia Civil representou pela sua prisão, com o Ministério Público favorável à detenção. Segundo a Polícia Civil, antes que o juiz pudesse decidir, os familiares da vítima o encontraram na rua e o assassinaram de forma brutal.
As investigações revelaram que o assassinato de Geraldo Marcelino foi extremamente violento, começando com um atropelamento. O familiar que o atropelou acionou os outros membros da família, que chegaram ao local e o atacaram com mais de 50 pauladas, golpes de capacete, chutes na cabeça, facadas e, finalmente, arremessaram um bloco de concreto contra sua cabeça. A violência do ato chocou a comunidade e destacou a urgência de intervenção policial.
A operação desta sexta-feira (12) envolveu dezenas de policiais civis, que cumpriram mandados de prisão preventiva em diversas localidades simultaneamente. Os três suspeitos foram surpreendidos em suas residências e não ofereceram resistência. Não foram apreendidos itens adicionais durante as prisões. Outro membro da família, também envolvido no crime, segue foragido, e as buscas por ele continuam.
As investigações indicam que o crime foi meticulosamente planejado pela família, que se reuniu várias vezes para arquitetar a vingança. A comunicação entre os membros foi facilitada pelo familiar que primeiro encontrou Marcelino e o atropelou, chamando os outros para o local do crime.
O Delegado responsável destacou a importância da operação para desarticular um perigoso ciclo de violência na comunidade. “A lei deve ser respeitada e, por mais dolorosa que seja a perda de um ente querido, não cabe aos cidadãos fazer justiça com as próprias mãos. A polícia orienta que as pessoas acreditem na justiça criminal e deixem que o processo penal defina se a pessoa é culpada ou não por aquele crime”, afirmou.
Os três presos estão à disposição da Justiça e responderão por homicídio. A Polícia Civil continua as investigações para identificar possíveis outros envolvidos e assegurar que todos os responsáveis sejam punidos. As autoridades também intensificaram as buscas pelos dois suspeitos foragidos.