*André Ricardo Franco
Imagine o cérebro como uma máquina cheia de pequenos botões. Cada botão, quando apertado, dispara um diferente comando, fazendo com que você aja conforme determinada ação imaginada anteriormente. No mundo da psicologia e do marketing, esses botões são chamados de “gatilhos mentais” e sua utilização, às vezes até sem saber, é parte de estudo e corriqueiramente são aplicados em nosso cotidiano.
Assim, “Gatilhos mentais” são como códigos secretos que motivam, incentivam e movem nossa bússola interna para o “sim” ou para o “não”, sem a gente sequer notar, valendo destacar alguns que são comumente utilizados:
Gatilho da Reciprocidade
Sabe quando você recebe uma amostra grátis e fica com aquela coceira de comprar o produto inteiro? Pois é, esse é o gatilho da reciprocidade. É a velha história de “eu te dou uma faca e você me convida para o churrasco”.
Gatilho da Escassez
Aí você está tranquilo, passeando ou navegando pelas redes sociais, e algo chama sua atenção: “Últimas unidades!” e, de repente, você quer aquilo mais do que queria cinco minutos atrás, despertou o interesse e o anseio de fazer um ótimo negócio. É o famoso “é agora ou nunca”, que faz você correr pra não ficar sem.
Gatilho da Autoridade
Neste gatilho, imagine que você está em dúvida se compra ou não um livro de receitas e, de repente, descobre que foi escrito pelo “master chef” do momento, que possui muito destaque na mídia. Pronto! Esse é o gatilho da autoridade dizendo: “Se o cara sabe o que faz, o livro deve ser bom!”
Gatilho da Prova Social
Este gatilho é evidenciado no “Todo mundo está usando!”. Quem nunca comprou algo porque todos ao redor também compraram? Nós pais sabemos bem deste gatilho, usualmente utilizado para crianças e adolescentes.
Gatilho da Afinidade
Sabe aquele vendedor que descobre que vocês torcem pelo mesmo time, visitou o mesmo local ou conhecem alguém em comum? Ele usa o gatilho da afinidade, conquistando sua confiança pela afinidade em algum tema.
Deste modo, entender esses gatilhos pode ser útil para que sua ação seja efetivamente consciente. Usar gatilhos mentais é uma forma poderosa de comunicação. No entanto, devem ser usados com sabedoria e ética, para criar conexões verdadeiras e ajudar as pessoas a tomarem decisões que sejam boas para elas também. Assim, lembre-se, se for para apertar botões, que seja para espalhar coisas boas por aí.