REINALDO SILVA
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Foram 125 cirurgias eletivas no primeiro mês de funcionamento da Unidade Morumbi da Santa Casa, em Paranavaí. O número está abaixo do esperado, mas não desanimou o diretor-geral Héracles Alencar Arrais. “Estamos arredondando alguns detalhes e melhorando pouco a pouco. O saldo foi positivo.”
A expectativa é que até o final do terceiro mês seja possível alcançar o número máximo de procedimentos mensais, 312. Para isso, é necessário ajustar a logística de encaminhamento de pacientes. A situação é nova para todos e o aprimoramento requer agilidade na solução dos problemas.
Os primeiros agentes desse processo são as secretarias de Saúde. Depois, o morador passa pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amunpar) e segue para a 14ª Regional de Saúde, que faz o agendamento para a internação. Por fim, o paciente é submetido à cirurgia.
São atendidas pessoas de 21 municípios do Noroeste do Paraná. Prefeituras e Governo do Estado dividem as verbas de custeio, aproximadamente R$ 14,2 milhões ao ano. Neste primeiro momento, são 38 leitos em funcionamento – a capacidade total é de 108, exclusivamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Finanças – De acordo com Arrais, a Santa Casa de Paranavaí enfrenta um dos piores momentos em relação às finanças. Depois de dois anos de pandemia de Covid-19, com gastos excessivos na compra de medicamentos e insumos e a suspensão temporária de cirurgias eletivas, o desequilíbrio entre receitas e despesas preocupa. “A conta não fecha”, disse o diretor do hospital.
A equipe da Santa Casa está buscando fontes alternativas de recursos para garantir a manutenção plena dos serviços, sem perder a qualidade. Uma das possibilidades é o Governo Federal, mas pode levar tempo até que haja a liberação de verbas, por isso, o apoio da comunidade será fundamental, tanto quanto foi durante a pandemia.
Arrais calculou que 90% dos hospitais de Brasil com a maior parte dos atendimentos dedicada ao SUS estão em condições semelhantes.