As universidades estaduais do Paraná reforçam neste mês o posicionamento contra o racismo. Em evento online no final da semana passada, a UEL (Londrina), UEM (Maringá), Uenp (Norte do Paraná), Unioeste (Oeste do Paraná), UEPG (Ponta Grossa), Unespar (Estadual do Paraná) e Unicentro (Centro-Oeste) lançaram a campanha “Universidades Estaduais do Paraná na luta contra o racismo”, em parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A iniciativa integra a 2ª Campanha de Erradicação do Racismo na Educação Superior na América Latina e segue com ações até o mês de novembro.
O projeto foi construído de forma coletiva pelas instituições estaduais. O grupo elencou atividades que serão realizadas, como seminários sobre ações afirmativas; webinários sobre história e resistência da população negra e indígena no Paraná; oficinas, rodas de conversa com professores, estudantes negros cotistas, quilombolas e indígenas; produção de material audiovisual e microvídeos.
“É papel fundamental das nossas instituições de ensino superior debater temas importantes para a sociedade”, disse a coordenadora de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Gisele Onuki. “Temos certeza que essa série de ações programadas para os próximos meses trará uma importante reflexão a respeito de políticas de ensino inclusivas, visando diminuir as desigualdades”.
Cada instituição produzirá dois vídeos sobre as ações que desenvolve, um sobre políticas de ação afirmativa e outro sobre as iniciativas de combate ao racismo. Com duração de até 3 minutos cada um, serão disponibilizados numa página das redes sociais, com os links das universidades participantes.
Na abertura do evento, o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, destacou a iniciativa conjunta. “Erradicar o racismo no ensino superior tem um simbolismo muito grande, pois estamos formando novas gerações com uma compreensão dessa diversidade. Precisamos manter nossas universidades inclusivas e mais plurais”, enfatizou.
“As atividades têm o objetivo de promover reflexão em torno das situações de racismo e preconceito que são materializadas no contexto do ensino superior na América Latina. E também pensar em estratégias concretas para o enfrentamento dessas manifestações”, explicou a pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG, Ione Jovino.
Para a diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Universidade Estadual de Londrina, Maria Nilza da Silva, serão desenvolvidas muitas ações, o que cria uma grande dinâmica interinstitucional. Além disso, no fim do ano, deve haver uma apresentação geral sobre os resultados alcançados.” A participação ativa de estudantes de graduação e pós-graduação fortalece ainda mais as ações”, destacou.