Ausência da presença masculina nos consultórios médicos acarreta riscos à saúde do homem
A demanda por consultas médicas entre homens e mulheres ainda apresenta diferença considerável. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com base em dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde indicou que, em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 725 milhões de atendimentos masculinos, enquanto os femininos ultrapassaram 860 milhões.
A ausência da presença masculina nos consultórios médicos acarreta riscos à saúde. Iniciando o Novembro Azul, mês dedicado ao combate ao câncer de próstata, o médico urologista Cleyton Tokarski ressalta que as consultas regulares com um especialista são indispensáveis para prevenir a doença.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil. Apesar da recorrência, não era considerado o mais agressivo. O cenário, porém, tem se alterado. “Em uma escala de 4 a 10, a maioria dos pacientes tem notas de 6 a 7. Porém, nos últimos anos, a gente tem observado cânceres mais agressivos, com notas 8, 9 e 10, que em menos tempo dão sintomas e metástases. A pessoa às vezes pensa: ‘Esse ano não vou [ao urologista], e esse ano pode fazer a diferença na vida dela”, revela.
O estágio em que a doença é descoberta é determinante para o processo de cura. Segundo o médico, como nos demais tipos de câncer, quanto mais rápida a doença for diagnosticada, mais chances de cura. Esse diagnóstico, em grande parte dos casos, é viabilizado pelo exame físico, sendo o toque retal o mais comum e efetivo.
O urologista explica que o exame viabiliza a identificação de tumores com menos de cinco milímetros, ainda em fase inicial. “Com uma cirurgia nós podemos chegar a quase 100% de cura”, informa. “No caso de cânceres avançados, a gente fica a critério do estadiamento na hora do diagnóstico: onde ele está, se está confinado à próstata, se está localmente avançado ou se ele já emitiu metástase”, acrescenta.
O câncer de próstata é comumente diagnosticado em homens com idade mais avançada. No entanto, a prevenção deve ser iniciada antes, justamente para evitar descobertas tardias. O médico orienta que pacientes com histórico familiar, por estarem expostos a hereditariedade, precisam iniciar as consultas periódicas a partir dos 40 anos. Quando não há casos na família, a indicação é a partir dos 50 anos.
Tokarski ressalta que a doença pode ser assintomática na maior parte dos casos, o que eleva a importância de visitar um urologista com regularidade. Quando sintomas físicos aparecem, a doença já pode estar evoluindo. “Os sintomas prostáticos são relativos ao crescimento da glândula. A pessoa percebe uma diminuição na força do jato, aumento de vezes de ir ao banheiro para esvaziar a bexiga, dificuldade de segurar o xixi, mas esses são sinais de crescimento prostático. A próstata começou a crescer, ela pode ter uma célula que se diferencia e diferencia-se em câncer. Então, começou a ter sintomas leves, já deveria estar procurando um urologista”, orienta.
O médico ainda destaca a necessidade de estar atento aos hábitos que promovem uma vida saudável. Estar com a saúde em dia também é uma forma de prevenção, afirma. “Atividade física, diminuir vícios, como bebida alcoólica, cigarro. E hoje a gente está percebendo empiricamente, ou seja, não está comprovado, mas é visualizado, evitar o consumo de alimento ultraprocessado. A gente tem percebido que há cada vez gente mais jovens com câncer que têm esse hábito de consumo”, revela.
SERVIÇO
Endereço: Rua Marechal Cândido Rondon, 1345, próximo à Praça da Xícara, no Centro de Paranavaí
Telefone/WhatsApp: (44) 9 9956-2281
Instagram: @drcleytontokarski
































