O LADO HUMANO DA NOTÍCIA
Adriana Araújo é uma das jornalistas mais conhecidas do Brasil, ancorando grandes telejornais de alcance nacional. Nesta quarta-feira ela prestou um grande serviço ao ofício de contar histórias da vida real. A profissional está em Lajeado, Rio Grande do Sul, retirante ao contrário, ela foi ao encontro da notícia enquanto quem podia estava fugindo dela. E em Lajeado, Adriana mostrou um dos lados que o jornalismo mais carece: humanidade. Ela se emocionou ao ser rodeada por crianças em um abrigo de pessoas que perderam tudo na enchente que afeta praticamente todo o estado. Os pequenos contaram suas histórias simples, com a ingenuidade natural da infância. Adriana se portou como profissional, mas (e ainda bem) não conseguiu segurar a emoção e conteve as lágrimas porque estava ao vivo. Nosso apreço.
REFLEXÕES
Adriana Araújo nos mostrou o quanto o Brasil precisa do jornalismo profissional. É através dele que o País e o mundo estão vendo a tragédia que se abateu sobre o povo gaúcho, essa mistura de guerreiros e de culturas que resultou em um dos maiores patrimônios brasileiros: a tradição gaúcha e o seu português bem falado. Também a tragédia mostrou o quanto é necessário o jornalismo profissional, aquele que custa caro produzir e patrocinar (sem jabá – jargão jornalístico para molhar a mão, jeitinho…) mas que não tem preço ao desnudar a verdade ou, pelo menos, deixar pistas para que a realidade seja encontrada. Jornalismo que também pode ser contestado, mas com parâmetros da civilização. Viva o Rio Grande do Sul e o jornalismo brasileiro.
O TEXTO DO RENATO
Refletindo nesta quinta-feira sobre o artigo do advogado e professor Renato Frata, publicado na página 2 do Diário do Noroeste, algumas indagações são necessárias. A primeira delas é sobre como estamos tratando aquele espaço tão democrático, que integra os bonitões e as bonitonas no auge da juventude e as os bonitões e bonitões de tantas idades e formas. A praça faz parte da memória afetiva da maioria do povo de Paranavaí e, pelo jeito, precisará de um amplo debate sobre a sua função e sobre os cuidados. O artigo do Renato foi originalmente publicado em 2011 e editado novamente a pedido do autor, visto que continua, na sua avaliação, muito atual.
COMÉRCIO PARANÁ
O volume de vendas do comércio varejista do Paraná aumentou 5% entre janeiro e março de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. É o que diz a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado positivo foi puxado, principalmente, pelo aumento nas vendas no varejo de artigos de uso pessoal e doméstico, com aumento de 11,7% no trimestre; móveis e eletrodomésticos, que registraram alta de 9,1%; e mercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceram 8,6%. A alta no volume de vendas levou a um crescimento na receita nominal do varejo de 7,7% no Paraná no trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Um dado positivo neste turbilhão de moções, puxado pela catástrofe do Rio Grande do Sul, cujo efeito econômico ainda será precificado. Com informações da Agência Estado.
TAXA DE JUROS
A queda de 0,25% na taxa de juros do Brasil não foi o principal assunto econômico da semana. O Brasil gastou tempo para debater se deveria ser uma queda maior, de 0,50%. E lembre-se: o Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo, ainda em 10,50%. O problema é que a discussão foi centralizada não tecnicamente, mas sobre os motivos pela votação. Dos nove conselheiros do Banco Central, cinco votaram pela redução de 0,25%, incluindo o presidente Roberto Campos Neto. Outros quatro optaram pela queda de 0,50%. E qual o problema? Os cinco vencedores foram indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e os quatro vencidos são nomeados a partida da proposta dom atual presidente lUiz Inácio Lula da Silva. Parece irrelevante, mas já foi politizado. Torçamos que os conselhos votem com o conhecimento e com a sua interpretação dos fatos e não pelo viés ideológico do momento.