HYRAN SUMIU
Ontem (21) fez um ano que o comerciário Hyran Lopes Pereira, apenas 22 anos, sumiu em Paranavaí. Desde então, há uma busca desesperada por parte da família. Também, de forma científica, a Polícia Civil tenta desvendar o complicado caso. Vamos aos fatos: o jovem saiu numa terça-feira à noite da lanchonete onde trabalhava e nunca mais foi visto. A sua moto acabou abandonada perto do Bosque Municipal dias depois. Desde então houve várias versões. A mais conhecida é a de que ele foi assassinado e teve o corpo enterrado numa cova rasa no Bosque Municipal da Vila Operária. Foram feitas buscas e o corpo resultante do suposto assassinato jamais foi localizado.
HYRAN ESTÁ MORTO?
A resposta com base nos fatos é sim. Porém, a máxima de que sem corpo não há crime tem certa relevância. A última incursão policial na tentativa de elucidar o caso foi a busca numa fossa residencial onde moram dois suspeitos de terem assassinado o jovem. A informação não se confirmou e a fossa, na verdade na calçada, estava desativada e seca.
QUEM ERA
Hyran foi um jovem tranquilo, sem passagens policiais. O seu desaparecimento pode estar relacionado a motivos passionais. Nessa vertente, teria sido vítima de um tribunal do crime, versão não oficial. O caso é tão complicado que duas pessoas que, em tese, teriam informações e até participação no caso, foram assassinadas.
DELEGADO
Preferindo a cautela, sempre recomendada nesses casos, o delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, informa que a investigação continua e que o caso não será encerrado até uma resposta definitiva. A equipe que cuida dessa tarefa também se desdobra e, por ora, não encontra novos caminhos.
AOS FATOS
A família precisa de uma resposta para superar o episódio (não a dor). A comunidade tem esperança de saber a verdade sobre o provável crime e sobre a motivação. Infelizmente, passados 365 dias, é consenso que o destino de Hyran já foi escrito e só resta dar respostas práticas. Enquanto isso, o Brasil vai perdendo a sua juventude para a violência. Os valorosos cérebros vão ficando pelo caminho. Triste.
REFLEXÕES SOBRE ROBINHO
Por decisão do Superior Tribunal de Justiça – STJ – Robinho, o grande atleta e referência para muitos moleques, hoje já adultos, deve cumprir pena no Brasil pelo crime de estupro, cometido na Itália em 2013. Respeitando o direito de ampla defesa, mas levando em conta a gravidade do ato com provas robustas e até gravações em que ele admite a balbúrdia, Robinho se tornou símbolo de um tempo complicado. A violência nas suas mais variadas faces não pode ser banalizada. Antes, precisa ser entendida e erradicada. Na contramão desse entendimento do STJ, Daniel Alves conseguiu na Espanha a sonhada liberdade após mais de um ano de prisão, também por estupro. Pagará um milhão de euros de fiança e, segundo a grande imprensa, patrocinada pelo “parça” Neymar. Daniel Alves é simplesmente o jogador de futebol com mais títulos na história do esporte. Momento de reflexão.
O MUNDO GLOBAL
Nestes crimes indecentes de violência contra mulheres, uma análise mostra que o globo está realmente global. O brasileiro Robinho é acusado de estuprar uma mulher albanesa na Espanha, em companhia de outros parças. Daniel Alves responde pelo mesmo crime contra uma mulher da Catalunha em Barcelona. Por fim, todos formam uma só raça: a raça humana. Por aqui, desde o contrato civilizatório, viver tem regras e o descumprimento gera punição, seja para astros do esporte, seja para anônimos. Cumpra-se.