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PÓ ROYAL

“Vão me cassar, independentemente do relatório da Comissão Processante”

O vereador paranavaiense Roberto Cauneto Picoreli (Pó Royal) enviou documento ao Diário do Noroeste sobre a perspectiva em relação ao procedimento (Comissão Processante) que responde na Câmara por conta da denúncia de assédio (perseguição, chantagem e ameaça). Ele foi afastado preventivamente por 90 dias e a comissão avalia o teor da denúncia que pode culminar em penalidades que vão de advertência à cassação do mandato.

A seguir, o conjunto de indagações e respostas sobre a sua expectativa em relação ao processo. O vereador é pré-candidato a deputado federal e aponta uma série de preocupações por conta do que considera perseguição por parte da classe política da cidade. O envio do material se deu através da assessoria do vereador.

Confira:

1 – Por que você afirma com tanta segurança que será cassado?

R – Primeiro e antes de tudo por uma frase de uma postagem do prefeito nas redes sociais falando do processo: “Macuco no embornal”. Ele já tem isso por certo. E como tem maioria na Câmara, seus seguidores não vão votar contra seu interesse. E ainda pessoas próximas a mim já ouviram isso por outras fontes, incluindo assessores e aliados de lideranças do Legislativo. Também houve a reação dos vereadores quanto à denúncia contra o chefe do Executivo, que mesmo sendo cargos diferentes, a afronta dele para com as mulheres é algo inexplicável, e mais ainda, na recusa da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Lá sim havia provas que mostravam a irregularidade dele. A sua base deu um jeito de não ler o processo.

2 -Qual seria a motivação?

R- Não é difícil entender: A minha cassação tentará me deixar inelegível, daí eles pensam que viabilizarão outra candidatura, o que parece muito difícil.

3 – Mas, vencida essa fase, se não for cassado, como você viabiliza sua campanha para deputado federal?

R – Eu sempre quis ser deputado estadual. Mas, mesmo tendo uma votação expressiva, sempre fiz sem recursos financeiros. Nunca consegui, algumas vezes até por escolher o partido errado, igual a outros nesta eleição. Descobri ainda que neste pleito o Fundo Eleitoral vai patrocinar somente os candidatos a federal. Então, agora mais bem assessorado, e aproveitando o convite do deputado federal Felipe Francisquini, saí do PP e fui para União Brasil, a fusão do Democratas com o PSL. E agora, acreditando nos cálculos e nos valores para uma eleição com condições financeiras, posso alcançar o objetivo e devolver ao Noroeste uma cadeira na Câmara de Deputados Federais. Inclusive, com a provável vinda do ex-ministro Sergio Moro (possível candidato a federal), as coisas serão diferentes e minhas chances serão cada vez maiores.

4 – Para conseguir essa vaga, qual número de votos você tem que alcançar?

R – Na escala do partido, que tinha até então dois puxadores de votos, apenas o Francisquini fez 241.537 na eleição passada. Eu estaria disputando com mais dois candidatos a terceira colocação, porque você sabe que hoje não tem mais coligação. Desse jeito eu precisaria ter 45.000 a 50.000 votos para garantir a terceira e bem possível vaga. O cenário parece que vai melhorar, pois Moro sendo candidato a federal, funcionará como um “puxador” de votos na casa dos 300 mil. Com isso, ficariam asseguradas de 4 a 5 cinco vagas para o partido. Confirmando a previsão, eu me elegeria mesmo alcançando cerca de 35.000 votos. É a maior chance de Paranavaí e região terem um deputado federal.

5 – Imaginando que isso ocorra, o que seria prioridade no mandato?

R – Todo mundo sabe do meu comprometimento com a saúde e com o atendimento daqueles que não têm plano privado. Quem está sofrendo tem pressa, pois a doença não espera. Então, é claro que isso seria a prioridade. Hoje temos vários deputados federais que trazem um pouco do que têm direito em forma de emendas parlamentares para a nossa região. Mas, tendo um deputado daqui, todas as nossas emendas viriam para Paranavaí e região. Tendo a saúde como prioridade, a Santa Casa e os demais hospitais da região não correriam o risco de fechar. Sabemos também que moramos numa região muito pobre e temos que destinar verba para modificar esta sentença que impera no Noroeste do Paraná. O foco será ainda a educação, incentivos e geração de emprego. A própria duplicação da BR-376 e a ponte ligando o Paraná com Mato Grosso do Sul, proposta muito bem defendida pela Sociedade Civil Organizada – Socipar. Aliás, trata-se de um grupo que tem que ser valorizado, pois as grandes obras que vieram para cá foram conseguidas por ela enquanto instituição. Outra bandeira do nosso gabinete em Brasília será o Curso de Medicina, sonho também da Socipar, tanto para as universidades públicas quanto para as entidades privadas. Paranavaí precisa e merece realizar esse sonho.

6 – Uma vez eleito, que peso teria essa situação atual da Câmara para o seu mandato?

R – Meu compromisso é com o povo de Paranavaí, da região Noroeste e de todo Paraná, principalmente com os mais pobres. Eu já tomei água de arroz pensando ser leite, sei o que é passar necessidade. Então, sem pensar em quem é o prefeito ou outras autoridades, vou buscar verba para todos os municípios, em especial para Paranavaí e para a Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense) e ajudar também uma reforma tributária necessária. Nosso presidente nacional do Partido defende o Imposto Único. Tem muita gente que acha impossível. Porém, se a forma atual não está dando certo, temos que buscar opções. O imposto único sempre foi uma forma de tornar justo o tributo, pois, quanto mais gente paga, mais se arrecada e individualmente menos se contribui. Vou levantar essa bandeira também.

7 – Se for cassado, qual será a alternativa?

R – Nosso presidente estadual, o deputado federal Felipe Francisquini, se comprometeu a usar todos os recursos para que, se isso acontecer (e eu infelizmente sei que vai acontecer), buscar na Justiça Eleitoral a verdadeira justiça, mantendo meu mandato, meus direitos políticos e mais ainda: me ajudar a alcançar a vaga na Câmara de Deputados para, junto com ele e demais partidários, fazer a diferença lá em Brasília. Igual a mim, ele é cristão e acredita na Bíblia, e na justiça Divina, e eu lembro Eclesiaste 7-14:

“14 – Existe ainda outra desilusão, justos que são tratados conforme a conduta dos injustos, e injustos que são tratados conforme a conduta dos justos. Penso que também isso é coisa fugaz.”

E vai ser passageiro, e a justiça vai prevalecer…

8 – Nesse processo de cassação você se sente injustiçado?

R – Todos me conhecem há anos e sabem que não consigo fazer mal para uma barata. Só ajudo as pessoas como sempre fiz, com ou sem mandato. Não cometi nenhum crime, não fui processado e tampouco condenado com trânsito em julgado. Trazer isso a público somente para tentar acabar com nosso projeto político e sem qualquer critério, além de me expor, fragiliza duas pessoas alheias ao confronto político, isso sim é covardia. Mostra que, em nome da nova política, tornam-se cruéis e inescrupulosos. Mas, a resposta de quem tem princípios será nossa vitória em outubro. Só quero lembrar que os fatos trazidos à tona neste processo absurdo são pessoais, fatos que envolvem relação entre seres humanos, que trataram isso com particularidade, pois, estamos falando de suas vidas pessoais. E mais importante esclarecer: Entre nós já está tudo certo, já nos ajustamos, já conversamos, e hoje vivo uma nova relação. Todos sabem que a denunciante somente o fez e teve acesso aos boletins de ocorrência por algum tipo de influência.

9 – Suas considerações finais…

R – Pessoas acham que mandam na política de Paranavaí e de toda região. Mas, não querem isso porque gostam da cidade, da região ou do nosso povo. Até mesmo para serem poderosas, agem sem qualquer escrúpulo, não têm medidas. Finalizando: Quero ser deputado federal não para mandar na cidade ou na região. Não para, a partir disso, nomear quem vai ser prefeito e ou ocupar qualquer cargo indicado, aparelhando as empresas públicas. Quero ser deputado para servir a Deus, aos meus cidadãos, trazer paz, justiça social e, sobretudo, melhorar a saúde pública do Noroeste do Paraná.

(material recebido e editado por Adão Ribeiro, editor-chefe do Diário do Noroeste)

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