REINALDO SILVA
Da Redação
O aspecto esfumaçado no céu de Paranavaí persiste há dias e tem explicação: o fluxo dos ventos continua transportando para o Sul do Brasil materiais particulados e fumaça das queimadas do Pantanal, da Amazônia e dos países vizinhos Bolívia e Paraguai.
O problema fica mais evidente em função da baixa umidade relativa do ar, que na tarde desta segunda-feira (9) chegou a 22% em Paranavaí. Em Loanda o índice foi ainda menor, 19%. Os dados são do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Para entender o que esses valores representam, considere que o ideal para os seres humanos vai de 50% a 60%, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A variação de 21% a 30% configura estado de atenção. Entre 12% e 20%, estado de alerta. Abaixo de 12%, estado de emergência.
De acordo com o meteorologista do Simepar Lizandro Jacóbsen, o cenário só deverá mudar a partir de sábado (14) com a chegada de uma frente fria. A chuva alcançará todas as regiões paranaenses, com mais ou menos intensidade, e limpará a atmosfera. Com isso, a expectativa é de melhora na qualidade do ar e redução do déficit hídrico.
Onda de calor
Jacóbsen informa que uma onda de calor se estabeleceu sobre o Paraná. Tecnicamente, ondas de calor são caracterizadas por extensa massa de ar quente e seco que fica estagnada e persiste por pelo menos cinco dias consecutivos na mesma região. As temperaturas chegam a ficar cinco graus acima da média para a época do ano.
Na tarde de ontem, o Simepar registrou valor máximo de 36,8°C Paranavaí. A previsão para esta terça-feira é de 36°C. De quarta a sexta-feira, os termômetros deverão registrar 37°C. No sábado, com a chegada da chuva, a máxima cairá para 31°C e 23°C no domingo.
Em relação à umidade relativa do ar, o Simepar faz a seguinte projeção: nesta terça, de 17% a 49%; na quarta, de 14% a 39%; na quinta, de 14% a 34%; e na sexta, de 15% a 46%.