Rafael Fermiano
Verborragiar sobre o que não gosta
Nada mais é que uma aposta.
Pois ninguém quer ler o que ofende.
Quer-se o ópio,
A identificação rápida,
Três linhas com sentido da vida.
Quer-se encontrar
Numa frase de para-choques,
Num plubi de banco,
Com a alma atropelada,
Quando a sua conta está zerada.
O fútil desejo ao espelho,
De ver o reflexo de outrem.
Aquele calor no peito
Ao ser curtido por um completo estranho,
Com mais seguidores que uma cidade,
Mas que no fundo se esconde,
Em mensagens de positividade
E tarjas preta para ansiedade.
É mais fácil dizer o que querem ouvir,
Ser o que querem fingir,
Viver quando conseguir.
*Rafael Fermiano é integrante da Academia Paranavaiense de Artes e Letras de Paranavaí