REINALDO SILVA – reinaldo@diariodonoroeste.com.br
A imagem que ilustra esta matéria é de 1997, mas poderia muito bem ser de 2024. Já são 27 anos desde aquela ação de combate à dengue em Paranavaí, e as dificuldades para conter o avanço da doença ainda persistem: a maior incidência de focos de larvas do Aedes aegypti está em recipientes plásticos, garrafas, latas, sucata em pátios e ferros-velhos e entulhos de construção civil.
O problema não é exclusividade de Paranavaí. Criadouros do mosquito nesses tipos de resíduos são predominantes em 15 dos 28 municípios do Noroeste do Paraná e contribuem para acelerar a circulação viral, empurrando para cima o número de casos positivos da doença.
Em Paranavaí, o quadro de epidemia levou a Administração Municipal a solicitar os chamados carros fumacês, equipados bom bombas de pulverização de inseticida em ultra baixo volume. Os veículos já estão em circulação pelos bairros com maiores índices de infestação do mosquito e de pacientes com diagnóstico positivo.
A situação também tem chamado a atenção dos vereadores, caso de Aparecida Gonçalves, a Professora Cida. Em requerimento aprovado na Câmara esta semana, ela questiona o Poder Executivo sobre as principais medidas adotadas em 2024 para o combate à dengue. Também pergunta se existem critérios de avaliação da eficácia das ações no sentido de reduzir a propagação do vírus.
No documento assinado pela Professora Cida seguem os pedidos de informação sobre a assistência aos moradores positivados para dengue, a criação de um plano de ação a longo prazo para a prevenção da doença e os investimentos financeiros para o controle de vetores.
A parlamentar Maria Clara Gomes também manifestou preocupação com o tema e elaborou um requerimento da mesma forma destinado à Administração Municipal. O conteúdo faz menção à remuneração de agentes comunitários de saúde (ACSs) e de combate a endemias (ACEs).
Maria Clara lembra que o Governo Federal repasse incentivos financeiros para os municípios e os valores devem ser distribuídos entre os servidores que atuam no combate à dengue.
Sendo assim, a vereadora questiona:
“O município está repassando o incentivo financeiro adicional?”, “Como tem sido efetuado?” e “Há alguma previsão para o envio do projeto de lei para a Câmara visando regulamentar o pagamento do incentivo financeiro adicional?”.
Diante de eventuais respostas negativas, Maria Clara solicita justificativa.
Pela legislação, a Prefeitura de Paranavaí tem prazo legal de 15 dias para apresentar as informações solicitadas pelas vereadoras.