A água contaminada pode transmitir doenças graves para a saúde da população, como hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras. Essa contaminação pode acontecer quando uma pessoa ingere ou tem contato com a água que, em geral, não passou pelas etapas de tratamento para torná-la potável e eliminar microrganismos que causam infecções e patologias.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada em 2017 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 9 milhões de domicílios no Brasil não recebem abastecimento de água por rede. Ainda de acordo com os números, o País tinha, em 2017, mais de 34 milhões casas sem esgotamento por rede.
Esse panorama vai ao encontro dos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério do Desenvolvimento Regional. As informações mostram que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. O raio X do saneamento básico também revela que aproximadamente 100 milhões de pessoas não contam com serviço de coleta de esgoto no País.
Todos esses números apontam para um problema público estrutural que coloca em risco a vida de milhões de brasileiros: o saneamento básico. A água que chega das represas e rios só pode ser consumida — sem apresentar problemas à saúde — depois de tratada, limpa, purificada e descontaminada. Esse processo ocorre nas estações de tratamento de água, conhecidas como ETAs.
Conforme mostra o IBGE, 11,7% dos municípios brasileiros com o serviço de abastecimento em funcionamento não tinham, em 2017, o tratamento da água nas ETAs ou Unidades de Tratamento Simplificado (UTSs). Esse número chegava a 24,2% no Nordeste e a 24,6% no Norte. Nas demais regiões, o percentual era bem menor: 4,6% no Sudeste, 3% no Sul e 2,4% no Centro-Oeste.
Nas estações de tratamento, a água passa por etapas de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e outros processos químicos que garantem a qualidade da água antes de chegar à população.
A importância da qualidade da água para a saúde – Além de evitar problemas graves à saúde, a água limpa e potável proporciona muitos benefícios para o organismo, como eliminação de substâncias tóxicas via urina, regulação da temperatura corporal, funcionamento adequado dos olhos etc. Outros fatores positivos da água tratada são o funcionamento correto do sistema gastrointestinal, o aumento da disposição no dia a dia, a regulação do sistema renal e a hidratação da pele.
Considerando a importância da água para a saúde, todos precisam se preocupar com a qualidade dela. Se por um lado o poder público precisa garantir que os domicílios recebam água limpa, por outro, é recomendável que as pessoas filtrem a água que chega da rede antes do consumo, como utilizar um filtro ou um purificador de água para evitar problemas à saúde.
Os purificadores são eletrodomésticos úteis para assegurar a qualidade da água. Eles retêm as impurezas e sujeiras como barro e areia, evitando a disseminação de bactérias e eliminando o excesso de cloro, além de retirar possíveis sabores e odores desagradáveis.
Esse processo de purificação é importante porque, embora a água seja tratada pelas ETAs, ela ainda sim pode ser contaminada em virtude da falta de manutenção e higiene da tubulação, cisternas, torneiras e caixas d’água.
Além do mais, pode ocorrer de a quantidade de cloro utilizada nas estações de tratamento ser mais alta que a recomendada, causando diversos problemas.
Alguns filtros para purificador de água, inclusive, atuam de modo bacteriostático, ou seja, eles impedem a difusão de bactérias do tipo Pseudomonas Aeruginosa, responsáveis por infecções na pele, ossos, tecido subcutâneo, valvas cardíacas, trato urinário e nos pulmões. Os refis com ação bacteriológica, por sua vez, controlam a proliferação de bactérias e eliminam as que podem estar presentes na água.
Dessa forma, apesar de complementar, o sistema de purificação na casa das pessoas é fundamental para garantir a qualidade da água e a saúde dos familiares, evitando doenças decorrentes de contaminação.