Atualmente a sociedade civil entendeu a necessidade de combater a violência de gênero e a sexual adotando diversas medidas para a prevenção destes atos absurdos.
Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 também existe um sistema preventivo para lidar com a violência sexista e sexual.
Os números dos Jogos serão imensos, por exemplo haverá 500.000 espectadores por dia nos locais de competição, 150.000 pessoas na organização, além de 45.000 voluntários e, claro, 10.000 atletas, acompanhados por suas delegações; os Jogos Olímpicos de 2024 acontecerão entre os dias 26 de julho a 11 de agosto na França. Os franceses querem realizar o maior evento esportivo do ano.
Com essa multidão, associada ao ambiente esportivo e as comemorações, poderá ser ocasionado um comportamento de assédio nas ruas, a exemplo do beijo na boca do presidente da Federação Espanhola, por ocasião da comemoração do título de campeões do mundo da seleção espanhola de futebol. Imaginem no conjunto de um acontecimento mundial como os Jogos Olímpicos, com os milhares de participantes, é seguramente um contexto que poderá levar à violência sexista e sexual. Em palavras de Fátima Benomar, presidente da associação Coudes à Coudes, quem lidera uma campanha pela igualdade e luta contra o discernimento de gênero o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 terá que prevenir e coibir as questões de violência de gênero, sexista e sexual, citando a velha máxima do senso comum: “Mais vale prevenir do que remediar”.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos está empenhado em elaborar as normas para conscientização, cautela, elencando os procedimentos concretos para relatar informações sobre a violência de gênero e sexista.
Em palavras de Paola Farber-Garcia, gestora do projeto Igualdade e Solidariedade do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos: “Há vários meses que estamos a criar módulos de sensibilização e formação, cocriados com o setor voluntário“; denotando a preocupação com esta importante temática. Afirmou ainda que os 45 mil voluntários passaram por um treinamento “obrigatório sobre as questões de violência sexista e sexual, e discriminação em sentido amplo“.
Porém, alguns críticos alegam que os módulos de conscientização e treinamento só dizem respeito ao pessoal que trabalha na infraestrutura dos Jogos. No entanto, toda a vida social será organizada em torno dos Jogos Olímpicos, em alojamentos, locais de festas, etc., poderão ser palcos de violência sexista e sexual. Deste modo, não é exclusivo da infraestrutura, e a organização dos Jogos deverá ser aparelhada com protocolos e sanções para a coibir a violência de gênero e sexual, assim como estender às cidades que sediarão eventos.
Paola Farber-Garcia, Gerente de Projetos de Igualdade e Solidariedade do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos declara que: “trouxe ferramentas de reflexão sobre como lidar com essa violência, quais os atores a mobilizar, como deve ocorrer o atendimento e os diferentes canais de comunicação“.
A seguir vamos ver quais são os protocolos e punições previstos para os autores de violência sexista e sexual?
- Se um dos voluntários ou funcionários das Olimpíadas cometer agressão sexual, ou mesmo estupro, já que esses atos são puníveis por lei, a pessoa em questão será expulsa do local da competição, conforme previsto na carta que assinou.
- O mesmo se aplica aos espectadores: “nos termos e condições gerais de utilização, podemos reservar a possibilidade de excluir alguém de um local de competição se violar a lei francesa”, explica Paola Farber-Garcia.
- Por outro lado, é mais complicado para os atletas, pois cabe à delegação do país de origem do atleta decidir se o expulsa ou não da competição.
Como vemos, no maior evento esportivo do mundo existe uma preocupação com as importantes questões de violência de gênero e sexista. Até quando o civilizado ser humano manterá essa nefasta atitude. Em plena era da informação ainda padecemos com a temática da violência e sobretudo a do gênero e sexual. Sejamos civilizados em ações e comportamentos.