O presidente Lula conversou nesta terça-feira (17) com os governantes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Segundo nota do Planalto, Lula recebeu nesta terça-feita (17) uma ligação do presidente do Irã, Ibrahim Raisi, e pediu a criação de um corredor humanitário e a liberação de todos os reféns, e Raisi defendeu o fim dos bombardeios a Gaza e a liberação da região.
Lula também falou sobre o grupo de 30 brasileiros que aguarda o resgate em Gaza, e demonstrou preocupação com mulheres e crianças afetados pela guerra.
“O mais importante é termos a condição para que mulheres, crianças e idosos não sofram as consequências daqueles que querem guerra. Eu fico triste quando vejo a dificuldade do povo pobre construir uma casa, um hospital. E como isso é facilmente destruído na guerra”, disse Lula.
Lula conversou também com o presidente da Turquia, Recep Erdogan, que afirmou que os ataques contra civis são inaceitáveis. Outro tópico, trazido por Erdogan, foi o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, de acordo com a nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Erdogan se dispôs a “ajudar no que puder” no resgate dos brasileiros afetados pela guerra. O governante turco defende também o cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário que permita a saída dos estrangeiros pelo Egito e recebimento de remédios e suprimentos.
Brasileiros em Gaza
Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza ainda estão no aguardo da abertura da fronteira de Rafah para entrarem no Egito e, de lá, embarcarem em um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) para serem repatriados ao Brasil, informou o Ministério das Relações Exteriores.
O posto permanece fechado e o Brasil tem feito negociações para que os brasileiros possam atravessar. Depois de atravessarem a fronteira, os brasileiros devem ser levados ao aeroporto de El Arish. De lá, eles embarcarão em um avião da FAB. Uma aeronave modelo VC-2 já foi disponibilizada pelo governo Lula e aguarda autorização em Roma, na Itália, para poder viajar ao Egito.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)