De 1º de janeiro a 3 de fevereiro deste ano, o município registrou 671 confirmações. Secretaria de Saúde informa que está atuando para conter o avanço da doença
REINALDO SILVA
Da Redação
A cada 100 habitantes de Loanda, entre dois e três tiveram dengue neste ano. De 1º de janeiro a 3 de fevereiro, o município registrou 671 diagnósticos positivos da doença, o maior número de todo o Noroeste.
Um levantamento da 14ª Regional de Saúde mostra o crescimento sequencial em 2025: 80 confirmações na primeira semana, 143 na segunda, 183 na terceira e 199 na quarta. Na semana passada, a quinta do ano, houve redução expressiva, chegando a 66.
Fique por dentro de tudo o que acontece em Paranavaí e região! Clique aqui e entre no grupo de WhatsApp do Diário do Noroeste.
A secretária municipal de Saúde, Maria Lusmir Fernandes, assumiu a pasta oficialmente na última segunda-feira (3) e já estabeleceu que as ações de controle da dengue são prioritárias.
Ela informou que as últimas semanas foram marcadas por mutirões de limpeza, necessários para que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) autorizasse o uso do carro fumacê, já que a pulverização do veneno através do equipamento de ultra baixo volume (UBV) é eficiente na eliminação dos mosquitos transmissores da doença. O município aguarda a chegada do veículo.
Apesar dos esforços dos agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, Loanda esbarra em um problema difícil de resolver: os maus hábitos da população. Por mais que haja ações de conscientização, os moradores mantêm o descarte irregular de lixo em locais públicos e negligenciam a limpeza frequente e efetiva dos imóveis.
Situações como a de Loanda exigem cuidados permanentes. Técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Elisangela Vandresen Gonçalves destaca: “A recomendação é intensificar as ações de prevenção e o acompanhamento”.
Em Marilena, por exemplo, a Secretaria de Saúde contabilizou 173 casos positivos de dengue em 2025. Em São João do Caiuá, foram 110. Em Querência do Norte, 63.
A soma dos 28 municípios empurrou a 14ª Regional de Saúde ao primeiro lugar em confirmações da doença em todo o Paraná, com 1.122. Para comparar, a região de Londrina, segunda no ranking, aglutina aproximadamente 400 casos, enquanto a de Cianorte, terceira da lista, tem perto de 300.
MORTES – Até 3 de fevereiro, nenhuma morte por complicações da dengue foi confirmada nos municípios do Noroeste do Paraná, mas três casos estão sob investigação. Os registros dos óbitos datam de 24 de janeiro (Querência do Norte), 27 de janeiro (Marilena) e 30 de janeiro (Santa Isabel do Ivaí).
Conforme explicou a técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, o processo de análise pode se estender por até 60 dias. O resultado depende do cumprimento de diferentes etapas tanto no âmbito municipal quanto no estadual.