Ação simultânea em municípios do Paraná integra a campanha “Paraná Unido no Combate ao Feminicídio”. Evento ocorrerá com apoio de instituições públicas, sociedade civil organizada e diversas denominações religiosas. As instituições interessadas em aderir à ação podem formalizar a participação até 27 de junho
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (SEMIPI), confirmou a realização da 3ª Caminhada do Meio-Dia, marcada para o dia 22 de julho, em alusão à Lei Estadual n.º 21.926/2024, que institui o Código da Mulher Paranaense. O evento integra a campanha Paraná Unido no Combate ao Feminicídio e ocorrerá simultaneamente em diversos municípios do Estado.
Nesta segunda-feira (16), lideranças religiosas participaram de uma reunião de alinhamento no Palácio Iguaçu para debater a importância do engajamento das instituições na campanha e na promoção da cultura da paz.
A secretária estadual da Mulher Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou o papel essencial das lideranças religiosas na conscientização e acolhimento das vítimas.
“Essa caminhada não é apenas simbólica. Ela é uma ação concreta. Quando nos manifestamos contra algo injusto, enviamos uma mensagem direta à mulher que está em casa, achando que está sozinha. Essa dor não atinge só a mulher, mas seus filhos, seus pais, sua comunidade e o Estado como um todo. É preciso que essa mulher entenda que ela não está sozinha. Que ela pode contar com o Estado”, afirmou Leandre.

Foto: Robson Mafra/SEMIPI
O diácono Sidney Lemes, da Igreja Católica, ressaltou o valor da unidade inter-religiosa no enfrentamento à violência de gênero. “Estar aqui com outras religiões me enche o coração enquanto cristão. E precisamos promover o que nos une em prol do bem comum. A fé verdadeira está ligada ao amor, à justiça e à defesa da vida”, destacou.
No ano passado, mais de 100 cidades, de todas as regiões do Paraná, aderiram à segunda edição da Caminhada do Meio-Dia.
“É importante que, ao falarmos sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, também mantenhamos viva a lembrança do 25 de julho, Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Essa data reforça o protagonismo das mulheres negras e a necessidade de incluí-las no centro das políticas públicas, principalmente quando tratamos das chamadas ‘minorias’ e das desigualdades estruturais que ainda persistem”, acrescentou Pedro Almeida, representante de comunidades de terreiro.
Dia Estadual – A data de 22 de julho foi escolhida em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava. O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio foi estabelecido pela lei 19.873/2019, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.