Senador será testemunha na ação por difamação contra o ex-prefeito de Paranavaí no dia 8 de julho e considera o processo abusivo
O senador Sergio Moro se pronunciou nesta segunda-feira (30) nas redes sociais sobre a ação por crime de difamação movida contra o delegado da Polícia Civil e ex-prefeito de Paranavaí, Delegado KIQ, por ter chamado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão” durante o período eleitoral de 2022. Moro afirmou que irá testemunhar no caso, marcado para o dia 8 de julho, e classificou o processo como “um absurdo” e uma ameaça à liberdade de expressão no Brasil.
“Pessoas que têm chamado Lula de ladrão têm sido processadas por calúnia e difamação. Aqui temos um caso concreto: o delegado KIQ, que foi duas vezes prefeito de Paranavaí, em 2022, no contexto das eleições, chamou Lula de ladrão e agora está sendo processado por difamação eleitoral pelo Ministério Público”, declarou Moro no vídeo publicado em suas redes.
O senador destacou que Lula foi condenado em diferentes instâncias da Justiça por casos ligados à Operação Lava Jato, embora as decisões tenham sido posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal. “O Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instância por vários magistrados, por conta lá do roubo que foi feito ao Petrobrás durante os governos do PT. Depois houve a anulação dessas condenações pelo Supremo Tribunal Federal, mas nunca ninguém disse que o Lula era inocente.”, afirmou.
Em resposta ao senador, o Delegado KIQ reiterou que apenas reproduziu um fato público. “Em 2022 eu reproduzi a prisão do então candidato à presidência Luiz Inácio. Reproduzi um fato histórico e infelizmente hoje respondo a um processo criminal por esse fato, o que eu acho um absurdo. Faz parte do debate público a discussão de temas relevantes, e a linguagem pode ser veemente”, afirmou o ex-prefeito.