Você pensa que babado é bico e tampa de pote é pinico?
Olhe, deixa eu te dizer uma coisa: “O parangolé é mais embaixo, meu irmão”. Assim filosofa o nosso generoso Edmilson Ramos (nome fictício) em tudo que faz na sua vida de aventuras.
Edmilson e Mauro, ambos vendedores e sempre em dupla, viajavam pela nossa região. Foram atender um cliente que se manifestou em comprar um veículo, com hora e data marcada para fechamento do negócio em sua residência.
Saíram muito cedo para região. Na estrada foram abordados pela Polícia Rodoviária que, de tocaia, ficavam para enquadrar os motoristas desavisados e que abusavam de velocidade. De cara, Edmilson falou para o colega: Deixa que vou conversar com a rapaziada pois conheço todos e não podemos ser multados. Um policial já se dirigiu para viatura e lá foi o Edmilson que, com picardia, evitou a multa e ainda chupou as laranjas que eram a merenda do policial.
Liberados, seguiram a viagem. A demora foi tanta que não conseguiram chegar na hora combinada com o cliente. Almoçaram em restaurante e depois o Edmilson, que tem o hábito de uma soneca após o almoço, parou o carro embaixo de uma árvore e dormiu feito um anjo.
Mauro, sem paciência e imaginando perder a venda, sacoleja o colega e diz: Vamos rapaz, quer perder a venda? Já é tarde vamos à casa do cliente.
Na casa, fora do horário, o cliente foi amável aceitou as condições e assinou o pedido dando como compra certa.
Na saída Edmilson inventou de merendar em uma lanchonete.
Lá encontrou uma velha paixão, a Lúcia, morena de fechar o comércio, bonita e simpática. Edmilson não se conteve e começou a dizer que a garota era o xodó dele e pelejou e pelejou até que por impulso, pegou seu talão de cheque, destacou uma folha e assinou deixando o valor em branco. Entregou para Lúcia e lhe disse: Você preenche o valor que quiser e vamos para o motel. Ela ficou balançada, pegou a folha em branco, guardou na sua bolsa e disse vamos.
No motel, todo cheio de si, disse para ela tomar um banho para depois namorar numa boa. Enquanto ela tomava banho, ele furtou a folha de cheque assinada em branco da bolsa da garota. Fizeram amor, fez juras de amor. Ele levou a garota para a lanchonete e pediu para mauro “capar-o-gato”, porque tinha acabado de passar um checho na garota.
O mestre da picardia pediu para o amigo chinelar o carro para ninguém botar boneco com eles.
“Você pensa que babado é bico e tampa de pote é pinico?
O parangolé é mais embaixo meu irmão”.






























