O número de endividados voltou a crescer no Paraná de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
A parcela de endividados subiu de 90,6% em junho para 91,1% em julho, o maior patamar desde agosto de 2013, quando 93,5% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida. Essa elevação no indicador foi motivada principalmente pelas famílias de menor renda, entre as quais 90,8% estão endividadas. Nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, o endividamento corresponde a 92,2%.
O endividamento da população no Paraná se mantém bem acima da média nacional, que bateu novo recorde e ficou em 71,4% em julho, acendendo um alerta para o uso do crédito.
Apesar disso, o percentual de famílias com contas em atraso caiu de 25,0% em junho para 23,7% no mês passado, e aquelas que não terão condições de quitar seus débitos baixaram de 9,7% para 8,7%. A melhora nas condições de pagamento nas dívidas demonstra uma ampliação na capacidade de pagamento de todas as classes econômicas. Neste cenário, temos uma sinalização de que o crescimento do endividamento das famílias de menor renda está relacionado à retomada de seu padrão de consumo e a compras parceladas.
Tipo de dívida – O uso do cartão de crédito se intensificou no mês de julho, ao passar de 66,7% em junho para 69,5%. Observa-se que esse é um recurso para obtenção de crédito mais utilizado pelas classes A e B, com 79,2%, ante 67,4% nas classes C, D e E. Outros motivos que levam os paranaenses a se endividarem são o financiamento de veículo, com 15,0%, e o financiamento de casa, com 8,5%.