Os preços da soja para o produtor paranaense continuam em patamares altos. Essa tendência é observada há tempos. Nos últimos cinco anos a valorização chegou a 155%. A análise em relação à cultura de soja é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária na semana de 6 a 12 de agosto. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, e traz informações sobre outras atividades agropecuárias no Paraná.
O produtor paranaense recebeu na última semana, em média, R$ 151,47 pela saca de 60 quilos de soja. Isso representa valorização de 47% se comparado com o preço pago no mesmo período do ano passado, quando a saca custava R$ 103,00. No comparativo entre o preço praticado em julho de 2020, quando se pagava R$ 98,88, com o de julho deste ano, que ultrapassou R$ 150,00, o acréscimo é de 53,5%.
Essa tendência de alta nas cotações da oleaginosa ao produtor é observada há pelo menos cinco anos. Em 2017, o valor médio pago foi de R$ 60,35 a saca de 60 quilos. Nos primeiros sete meses deste ano, o preço médio ficou em R$ 153,93, o que representa aumento de 155%.
A produção nacional de soja foi confirmada em aproximadamente 136 milhões de toneladas, em relatório de levantamento mensal, divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Paraná aparece como terceiro maior produtor, com 19,8 milhões de toneladas. A liderança é de Mato Grosso, com 35,9 milhões de toneladas, seguido por Rio Grande do Sul, com 20,8 milhões de toneladas.
Outros produtos – O boletim registra também a colheita, até o momento, de 22% da área estimada de 2,5 milhões de hectares de milho no Paraná. Em relação ao trigo, o documento se refere a relatório do próprio Deral que aponta que apenas 9% das áreas cultivadas começaram a frutificação e expõem as consequências das geadas. No entanto, o volume ainda é pouco para se ter melhor dimensionamento dos danos.
Ao abordar a pecuária de leite, o boletim faz um panorama sobre os números no Paraná. Como segundo produtor nacional, o Estado é responsável por 4,6 bilhões de litros. O município de Castro é o maior produtor nacional, com 323 milhões de litros anuais. Também há análise da produção e exportação nacional de carne de frango.