(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

GOVERNO

Gastos federais com saúde, educação e emendas poderão crescer acima de demais despesas

THIAGO RESENDE,

IDIANA TOMAZELLI

E ALEXA SALOMÃO

DA FOLHAPRESS

A nova regra fiscal apresentada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta (30) permitirá que algumas despesas possam crescer acima de outros gastos.

É o caso dos recursos para saúde, educação e emendas parlamentares. Essas despesas são corrigidas por fórmulas previstas na Constituição e que são vinculadas à receita.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar na próxima semana um projeto de lei complementar com a proposta de nova regra fiscal, que substitui o teto de gastos. O modelo atual limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior –desenho visto como muito rígido pela atual gestão.

Portanto, a proposta de Haddad não pode modificar a Constituição. O governo, por isso, continuará cumprindo os valores mínimos a serem destinados à saúde, educação e emendas.

O reajuste de forma individualizada para esses três grupos de despesas poderá pressionar o aumento dos demais gastos, porque a proposta de Haddad prevê um percentual de expansão geral das despesas públicas.

Se, de acordo com a Constituição, a ampliação das despesas de saúde, educação e emendas ficar acima dessa média, outros gastos precisarão ter reajuste menor para que o governo cumpra a nova regra fiscal.

“Se ele continuar vinculado à receita, que é uma escolha da sociedade e política, significa que as outras áreas, que não são saúde e educação, precisam crescer menos”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Para corrigir esse descompasso, o Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (30) que estudará mudanças no reajuste dos pisos de gastos em saúde e educação.

Para isso, deverá ser apresentada, até o ano que vem, uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para que o Congresso analise essa alteração.

Hoje, os pisos de saúde e educação são corrigidos por um percentual da receita -de 15% da RCL (receita corrente líquida) no caso da saúde e, para educação, de 18% da receita líquida de impostos.

Ceron afirmou que a ideia é discutir um novo modelo de reajuste desses valores mínimos, que não necessariamente seja vinculado ao patamar da receita líquida.

“Tem critérios que podem ser melhores para a própria política educacional e de saúde, com menos volatilidade, do que mera indexação”, disse Ceron.

No caso das emendas, a Constituição prevê que, no mínimo, 2% da RCL serão usados para emendas individuais -aquelas que todo deputado e senador tem direito e que o Executivo é obrigado a liberar no ano. No entanto, a equipe econômica não sinalizou mudanças nesse patamar mínimo para emendas.

Compartilhe: