*Juarez alvarenga
Ao nascemos encontramos o mundo em processo, cuja a dinâmica é hierarquizada, desequilibrada, quase fatalista e semi determinista.
A infraestrutura humana, natural aparentemente, é feita para manter o status social.
Caberia ao estado afrouxar o dinamismo social, levando a maior flexibilidade aos setores da sociedade.
Mas, a estrutura estatal é uma organização humana imperfeita, insuficiente capaz de gerar um determinismo latente.
O estado, é um instrumento organizacional, incapaz de instrumentalizar a todos, proporcionando acelerada, mobilidade social.
Único e imperfeito a estrutura estatal é insubstituível, porém insuficiente.
Passando para o indivíduo isolado a responsabilidade de criar riquezas.
Questionamos que o homem nasce desigual por natureza ou encontra no planeta, terra uma estrutura organizacional capenga e injusta?
O que costumamos perceber é uma consistente hierarquização imodificável por instrumento humano.
A tendencia a permanência hierarquizada, sem querer ser dogmático, para eternizar no tempo.
Com mudanças superficiais, a democracia gera tênue investidas no quadro social. A pobreza permanece e a riqueza prospera.
Deste quadro, surgem uma sociedade extremamente desnivelada.
Para nós, a infraestrutura humana, é imodificável e sem alternância de soluções.
Cabe então termos um novo pobre. Os pobres de antigamente eram pobres não só de dinheiro era de tudo. O pobre do pretérito era conformista, desambicioso e realista.
O pobre de hoje, deverá ser ambicioso e sonhadores. A modificação do indivíduo pobre, por dentro, é melhor e mais eficiente do que qualquer estratégia macroeconômica.
Cabe ao individuo pobre, libertar da pobreza, e por isso, tem que ter poder de barganha, e para ter poder de barganha, tem que instrumentalizar, e para instrumentalizar, tem que sonhar.
É da índole humana, o dom de sonhar. Por isso, não deve ser exclusividade da classe rica. Os ricos deverão dá este direito aos pobres.
Uma sociedade desinquieta é naturalmente evolutiva.
O mundo de antigamente era uma forma, hoje é um mundo com leques de oportunidades.
A vida não é um fato consumado, e, você indivíduo pobre também deve fabricar suas próprias armas, para enfrentar o mundo humano. Se não cabe lutar, para ter seu arsenal de sobrevivência salvadora.
Antigamente o pobre deixava para seus descendentes apenas uma nova geladeira, hoje, deve deixar o legado, que dentro da vida humana, podemos evoluir, basta não submeter aos fatos, mas aos sonhos.
A libertação da pobreza, é um problema exclusivamente do indivíduo pobre. Para isso, precisa inserir no seu interior, uma vasta filosofia de vida, cheia de garra e sonhos, para ascender o degrau de cima.
*Juarez Alvarenga é advogado e escritor
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