A Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap) quer participar do Pacto Global, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações, distribuídos em 70 redes locais, que abrangem 160 países.
A iniciativa é da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo sensibilizar as empresas a alinharem suas estratégias e operações aos dez princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.
Para buscar essa participação, a entidade estabeleceu uma parceria com a Paraquedas, consultoria especializada na implementação ESG, sigla em inglês de Environmental, Social and Governance, que diz respeito à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das empresas.
“A Aciap vai ser uma porta de entrada e facilitadora para os associados trabalharem com ESG. Como membro do Pacto, esse conhecimento virá de forma mais ágil para os interessados”, explica Henrique Fernandes do Nascimento, que junto com a sócia Kellen Luciana Souza de Oliveira, ambos consultores especialistas em ESG e Sustentabilidade, dará suporte à Aciap nessa tarefa.
A Paraquedas atuará já no processo de inscrição, preenchendo informações junto com a Aciap. E, depois de aprovado, vai elaborar algumas ações e relatar o que foi feito em contribuição aos 10 princípios do Pacto Global.
Parceria – Lançado no ano 2000, o Pacto Global fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. “Assumir de forma responsável as práticas ambientais, sociais e de governança obviamente atinge positivamente todas as esferas de relacionamento da organização. Pensar sustentabilidade de forma estratégica tornou-se um ativo, levando em consideração a pressão social para que não só atuem visando ao lucro, mas que gerem impactos cada vez mais positivos”, explica Nascimento, acrescentando que a parceria “irá conectar a Aciap com movimentos globais enfatizando a importância do assunto para os negócios da região”.
Com a cooperação da Paraquedas, será possível à Aciap ter acesso a treinamentos temáticos sobre ESG e Sustentabilidade, acesso a plataformas de ação para levar projetos para os associados, facilidade para alinhar seus projetos e ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, facilidade para conhecer iniciativas de outras empresas entre outros benefícios e facilidades. “A nossa consultoria será um braço ESG para a Aciap durante a parceria”, garante o consultor.
A participação no Pacto Global dará à Aciap reconhecimento mundial, tornando-se numa referência positiva aos seus associados, bem como à comunidade local e regional.
Os Dez Princípios – O Pacto Global advoga Dez Princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. As organizações que passam a fazer parte do Pacto Global comprometem-se a seguir esses princípios no dia a dia de suas operações.
Os dois primeiros princípios são da área dos direitos humanos: as empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente e assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos.
Na sequência vêm os quatro princípios da área do trabalho: as empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva, a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório, a abolição efetiva do trabalho infantil e eliminar a discriminação no emprego.
Depois vêm os três princípios ligados à área do meio ambiente: as empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais, desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental e incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis.
Finalmente o princípio da anticorrupção: as empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.